Enquanto terror o filme funciona e rende alguns bons sustos.
Enquanto metáfora e crítica do momento atual da sociedade estadunidense, no tocante ao "politicamente correto", ao "lugar de fala" e o eterno conflito latente, prestes a eclodir, entre machistas e feministas, ele se supera.
O professor machista, classe média, meia idade e branco, chega a citar literalmente um parágrafo de Camille Paglia, na tentativa (bem sucedida) de confundir as alunas presentes, que pensam que ele está citando algum autor machista.
A luta entre as duas fraternidades, uma masculina, que representa o "establishment", e uma feminina, mais inclusiva (pois agrega os namorados de algumas garotas), mais democrática e "politicamente correta", é o retrato do que acontece hoje nos EUA, no momento em que Trump tenta se reeleger e Biden ganha terreno junto ao eleitorado feminino.
Não é um filme que agrade ao grande público. Muitos nem entenderão o enredo, mas, com certeza, será considerado "cult" daqui a alguns anos.