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Renato L
1 crítica
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1,0
Enviada em 13 de agosto de 2018
Filme francês muito fraco, excessão feita à fotografia que é muito bonita. É verdade que as belas paisagens ajudam bastante. O roteiro é extremamente previsível depois da 1a. meia hora de filme, ou seja, você vai gastar 01:30hs pra confirmar o que já sabia... Há defeitos técnicos imperdoáveis como os volumes absurdamente altos dos efeitos sonoros em relação às vozes. Pouquíssimas músicas e quando aparecem são completamente desconectadas da cena e da história. A maioria dos atores é boa mas não conseguem salvar o roteiro. Há uma tentativa de colocar uma simbologia de passagem de tempo (trem que passa sobre uma ponte imaginária, etc) como que para dar um ar de modernidade à uma historinha antiga e "surrada". Resumindo, o filme é uma "arroz com feijão" muito mal temperado! Não vale uma ida ao cinema, procure algo interessante no Netflix, etc, você vai se divertir bem mais!
O ritmo lento da narrativa casa perfeitamente com a tranquilidade de onde está a casa do patriarca. E ao contemplar os enquadramentos das belissimas paisagens, somos transportados para toda aquela calmaria do marulho das ondas... mas quem diria que tanto esplendor é preenchido com histórias tão tristes... Os três irmãos voltam para o pequeno paraíso temendo a morte do pai, mas é ali que nascem novamente. Como se o pai estivesse dando novamente a vida a eles. E no fim, quando eles se sentem vivos novamente, é que o pai também volta a viver. Uma riqueza de temas sendo pacientemente abordados com eficiência, porém, infelizmente, não são todas as subtramas que foram bem desenvolvidas.
E não mais do que de repente você se vê envolvido por uma história qualquer, com circunstâncias atraentes, numa deslumbrante paisagem mediterrânea. O drama da morte, que está prestes a colher o patriarca da família, reúne os filhos, expõe suas chagas e suas forças, os tombos e amarguras da vida ao lado dos sucessos alcançados. A casa patriarcal (la villa) é bela, o cenário, belíssimo, os seres humanos que ali transitam e se esbarram é que mostram contradições, lutas, vitórias e derrotas próprias de nossa natureza.
Deixe-me abrir um parêntese para este escritor frustrado, fácil de entender pela atuação pertinente e caracterização óbvia de Jean-Pierre Darroussin. A partir dele podemos entender o resto da família. Ele representa o intelectual máximo do microcosmo. O mais inteligente e, portanto, o mais depressivo e anti-social. Sempre reclamando com sua opinião pessimista sobre a vida, e sempre fazendo questão de politizar tudo em uma relação injusta de poder, vestindo seu casaco sutilmente vermelho e tendo seus pensamentos rejeitados pelo mundo contemporâneo, ele é obviamente um Karl Marx com barba rasa (e careca em cima da cabeça). E rasa é a metáfora aqui, pois ela só precisa de um dos representantes mais caricatos do inconformismo com a realidade para formar o símbolo. Como sua jovem namorada comenta quando fala por que está com ele, “o seu jeito revolucionário de falar me cativou”. Ele a fisgou pelo coração, mas quando chega a maturidade na cabeça desta jovem seu professor favorito começa a lembrar uma caricatura cansada e patética.
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