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Luiz Antônio N.
29.175 seguidores
1.298 críticas
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2,5
Enviada em 12 de agosto de 2020
À Espera dos Bárbaros é ambientado em uma fortaleza de um império sem nome, localização geográfica ou temporal específicos. Tudo é administrado por um magistrado (Mark Rylance) de espírito conciliador, que consegue manter uma relação pacífica com os nativos da região. Isso até a chegada do coronel Joll (Johnny Depp), enviado para cuidar da segurança do posto avançado na fronteira, que vê a população local como “bárbaros”.
acho que pelo elenco eu esperava muito mais, até porque qualquer filme com Johnny Depp eu já costumo assistir sem nem ver o trailer, esse daqui eu achei um filme médio, o que me irrita sempre quando o filme acaba de uma forma que fica meio sem sentido isso acaba me deixando decepcionado
O filme peca por não definir historicamente o Imperio e região de "bárbaros" envolvida. A indumentária não lembra muçulmanos. As fardas do exército sugerem Imperio Frances, os bárbaros mostram vestimentas e etnia de mongóis. Foi filmado em Marrocos. Belas paisagens de deserto. Muito pouco para agradar.
"A estória como pano de fundo é muito boa e subjetiva, único problema é o decorrer do filme, que é um convite a pegar no sono".
Sobre o roteiro, me parece muito semelhante ao que vivemos hoje, um governo e seu congresso (L) que chega para oprimir o povo menos favorecido, e depois das suas ações darem errado e prejudicarem a nação, eles acabam pulando fora e levando ainda o que sobrou.
Como documento chega a despertar algum interesse revelando a absoluta falta de respeito e consideração para com as regiões e povos conquistados. Ocidente versus oriente? A prepotência, as mentiras. Mas o filme padece do mal que está presente em vários filmes atuais, a história é fraca, meio desconexa, mesmo com Johnny Depp e Pattinson. O magistrado tinha bom senso, visão clara e empatia com o povo do vilarejo e com os nômades. Mas a arrogância do coronel inspetor não tinha tamanho, e seu subalterno não ficava por menos, julgando-se superiores, não quiseram ouvir as recomendações do magistrado para ficarem distante dos nômades, pois seu intuito era humilhar e dobrar a resistência dos nativos. Dois trogloditas insensíveis, representantes do império que controlava o mundo. E nenhum deles quis saber as razões que levaram o magistrado a agir como agiu, passando a acusá-lo como traidor do império, impondo a justiça da Terra. sem saber que todos estão sujeitos a justiça do Alto.
Bons atores em um roteiro frágil. Inspetor vai visitar forte na frente de defesa do império com a suspeita de possível ataque bárbaro. O comandante local informa ser local pacífico, mas o inspetor com tortura e força "descobre" planos de ataque dos bárbaros e de tanto insistir, finalmente os bárbaros atacam. A interpretação dos motivos e intenções é aberto.
Achei que esse filme aborda questões dignas de reflexão em alegoria da nossa própria vida.. Sem dar "spoiler", fica o questionamento de conceito de felicidade, já que magistrado, personagem feita por Mark Rylance, acredita em sua verdade ao cuidar da "bárbara", a atriz Gana Bayarsai. Fica ainda o questionamento do que é ser "bárbaro". Cada povo enfrenta a sua verdade e, apenas ao sair da fronteira (podendo tal conceito ser interpretado como os obstáculos da vida ou limites pessoais) são colocados à prova as verdades então pré-estabelecidas. Aqui faço uma lembrança de Platão, na história alegórica chamada de Mito da Caverna ou Alegoria da Caverna. O diálogo travado entre Sócrates e Glauco, seu interlocutor, visa a apresentar ao leitor a teoria platônica sobre o conhecimento da verdade e a necessidade de que o governante da cidade tenha acesso a esse conhecimento. Isso porque no filme, ao irem além do que considerava conhecido pelo mapa do magistrado, todos são colocados em cheque, além de suas concepções além dos muros da fronteira. Além disso, o enfrentamento do povo nômade, que vivia à sua maneira, com os povos da fronteira que passaram a torturá-los, deu início a algo que antes parecia totalmente desnecessário: a guerra. Isso nos faz refletir sobre quando um governo interfere na soberania dos demais povos para aplicar no outro o que considera certo (verdade) em sua região. Apenas o enfrentamento do desconhecido e a real percepção do que é ser o outro é capaz de evitar os embates humanos, o que é tentado a todo momento pelo Magistrado, ao compreender o lado do "inimigo".
Johnny Depp, Mark Rylance e Robert Pattinson estrelam esse bom filme de época com diálogos redondos e eficientes, com uma bela fotografia, já não podemos falar isso da direção, que falha por decisões que são equivocadas. vale a pena conferir.
Esqueceram de filmar os outros 90 minutos de filme. Interessante e bastante intenso, uma pena que acaba com aquele ar de "a história mostrou", que está na moda hoje em dia, mas convenhamos poderiam ter terminado a obra de forma brutal. Elenco 10/10 Final 2/10
Assisti, é bem chocante muita tortura, mas vale pena ver. Muito bom. Figurino usado muito bonito. O lugar filmado também relata como era antigamente, muito bem feito esse filme.
Quem assistiu ao filme sem antes ter lido o livro de Coetzee pode não entender alguns momentos, mas mesmo assim no geral o filme superou o livro. Boa parte dos diálogos é propositadamente lenta, cria expectativas e causa um leve clima de suspense. Há cenas de violência, mas nada exageradas para o tema. O personagem central, o magistrado, demonstra uma mistura de personalidades parecendo ao mesmo tempo ser piedoso e insano deixando lacunas e perguntas em vários momentos nos últimos 30-40 minutos. Como não é baseado em uma história real os locais e os povos não são geograficamente definidos, assim como muitos autores preferem fazer em suas ficções. Não é daqueles filmes que agrada a maioria, exige extrema atenção, raciocínio constante e por isso pode ser sonolento. Assisti em streaming, então foi possível voltar algumas cenas para melhor compreensão. Portanto, quem gosta de filmes desta temática porém mais dinâmicos pode não gostar deste.
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