Para quem tem, como lembrança recente, a performance de Johnny Depp como Willy Wonka no filme “A Fantástica Fábrica de Chocolate”, de Tim Burton; assistir à atuação de Timothée Chalamet como a personagem em “Wonka”, filme dirigido e co-escrito por Paul King, é uma grande surpresa.
Sai de cena a personagem excêntrica e exagerada, quase infantilizada; e entra no palco um jovem Willy Wonka, que se destaca pelo seu caráter empreendedor e como inventor e por já, nessa idade, produzir um chocolate de sabor peculiar, que proporciona ao consumidor uma experiência única.
Como podemos perceber, então, “Wonka” é uma prequel, que nos coloca diante da personagem título antes dele ter alcançado o sucesso que assistimos posteriormente. Neste filme, Willy Wonka enfrenta a pobreza, o trabalho escravo, a corrupção e a competência desleal do mundo dos negócios, bem como tem seu primeiro encontro com os Umpa Lumpas, que viriam a auxiliá-lo no futuro.
O que chama a atenção em “Wonka” foi a principal solução narrativa adotada por Paul King. No filme, as barreiras que a personagem enfrenta, bem como o seu caráter e motivações, são reveladas por meio de cenas do gênero fantasia musical, o que faz com que o longa tenha um certo charme.
Entretanto, apesar disso, falta a “Wonka” o elemento fantástico e mágico que está inserido nos filmes “A Fantástica Fábrica de Chocolate”.