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Kamila A.
7.552 seguidores
806 críticas
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3,0
Enviada em 15 de fevereiro de 2018
O documentário Axé: Canto do Povo de um Lugar, dirigido por Chico Kertész, como o próprio título já deixa subentendido, fala sobre a axé music, gênero musical que surgiu na Bahia, nos anos 80, nas manifestações populares de um dos maiores Carnavais do Brasil: o de Salvador. O gênero ficou marcado pela mistura de vários ritmos, como o samba-reggae, o pop rock, o fricote, o samba, bem como os ritmos afro-brasileiros e afro-latinos.
Para construir o documentário, o diretor entrevistou alguns dos maiores nomes da música baiana, como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Tatau, Durval Lelys, Bell Marques, Carlinhos Brown, Ivete Sangalo, Claudia Leitte, Daniela Mercury, Luiz Caldas, Gerônimo, Beto Jamaica, Xanddy e “Cumpadre” Washington. Além de passar também por vários nomes marcantes desse gênero musical, como Alobened Airam, Robson e Márcia Short (da formação clássica da Banda Mel); integrantes da Banda Reflexu’s; dentre outros.
Axé: Canto do Povo de um Lugar liga o desenvolvimento da axé music ao crescimento do Carnaval de Salvador. O gênero surgiu em meio aos blocos de rua e aos trios elétricos, carregando a massa e sendo um reflexo direto do povo e da cultura baiana. O documentário inicia tentando compreender quem poderia ser considerado o pai do axé para nos mostrar como, aos poucos, o amadorismo foi sendo deixado de lado até que o profissionalismo entrou de vez no Carnaval baiano, que utilizou o fortalecimento da axé music nos anos 90 para se transformar numa verdadeira máquina de fazer dinheiro.
Este documentário é um importante registro sobre um dos gêneros mais marcantes da música popular brasileira. Quando vemos as músicas e as personalidades que vão passando na tela, é impossível não perceber como a axé music foi marcante para o Brasil nas últimas três décadas, sendo uma verdadeira fábrica de hits, com músicas que continuam relevantes até hoje. Em que pese o fato da crise que o gênero passou no início da década passada, é impressionante que continue a se reinventar e a manter um espaço constante na indústria musical do nosso país.
Uma delícia assistir esse documentário e relembrar o surgimento e auge do AXÉ, um canto que nasceu na Bahia e fez carreira no Brasil e no exterior. Bem detalhado e com grandes depoimentos de cantores e produtores da Música Popular Brasileira. Vale a pena conferir.
Que documentário incrível!!! Cultura por música, a história, a alegria, a voz de um povo! O nascimento desse ritmo que é um dos mais marcantes do nosso país. Apaixonante, emocionante e sem dúvida vibrante! É um grito de guerra, uma manifestação, que põe pra fora todo o orgulho de uma nação!
Um bom filme documentário sobre o carnaval da Bahia. Bem feito e bem dirigido, embora o material usado não seja de boa qualidade. Um defeito da Bahia, não preserva sua história. O filme trata do carnaval desde 1968 até a presente data e relembra todos os grandes artistas que passaram por essa grande festa. As lembranças, para aqueles que vivenciaram esse período, são muito fortes. Retornei no tempo e relembrei os grandes momentos que já estavam se perdendo na memória. Imperdível para quem é baiano e viveu o carnaval.
O filme é bom porque resgata o início de um movimento musical o qual transformou a vida de milhares de artistas da música baiana os quais não teriam visibilidade, naquele momento, em razão da cultura musical da época que não via a Bahia como celeiro musical. O documentário consegue prender a atenção do expectador porque "amarra" determinada fala de um artista com a imagem correspondente do que ele falou. E isso é extramente positivo e didático. Mostrou diversos artistas os quais ajudaram a fazer o "bolo" mas na hora do "aniversário" foram esquecidos. A voz potente de Margarete foi esquecida e a película foi extremamente generosa com alguns artistas na questão do tempo de exibição. Muito bom e recomendável para aqueles que amam a Bahia e sua música tão emblematicamente chamada de AXÉ!
O filme se propõe a narrar o movimento musical denominado de axé music a partir da perspectiva da indústria de carnaval baiano. Não contextualiza nem questiona o embraquecimento da música e do carnaval, é apenas uma narrativa preguiçosa sobre os grandes sucessos desse estilo. Comete o erro clássico de documentários, de tentar concatenar dezenas de depoimentos, o que torna a narrativa confusa e sem fio condutor. É triste ver como os empresários faturaram a música e o carnaval baiano, mas o filme naturaliza o racismo e a exclusão das cordas e dos/as cantores/as brancos/as de axé, preferindo, em vez disso, narrar apenas a superfície dessa história.
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