A estrutura ideológica que este filme nos oferece flerta duramente com o processo de um pistoleiro se formando, mas nunca se admite colocar algum peso em suas decisões. Alguém que sempre foi uma pessoa problemática e não teria nenhum objetivo na vida, mas é movido pelas circunstâncias de sua família e de sua condição para encontrar pelo menos uma função no mundo. Não encontra. Se trata de um fantasma marchando sem propósito, e o filme não o julga, apenas demonstra o peso carregado por ele. Ou seja, é um filme vitimista, covarde, que não contém valores que possam ser usados como inspiração. Apesar de ser uma história tensa, estruturada, bem fotografada, com um design de som impecável e sempre acertar o tom de sua narrativa, assim como o próprio protagonista da história, O Nome da Morte é amoral do começo ao fim. E isso o torna pobre por dentro, mas belíssimo por fora. E essa é sua principal diferença de filmes como Cidade de Deus, onde aí sim, o indivíduo prevalece.
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