Vencedor dos prêmios de melhor ator (Edu Moraes), melhor montagem e melhor direção de arte na Mostra Brasília do 49º Festival de Brasília.
Exibido na 40ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
Como uma homenagem ao cinema de aventura e fantasia dos anos 80 e início dos anos 90, o longa foi inspirado nos filmes dos Trapalhões e em clássicos como Goonies, Conta Comigo, De Volta para o Futuro e Feitiço do Tempo.
Dedé Santana volta às telonas na companhia da filha, Yasmim Sant’anna, que participa pela primeira vez de um longa-metragem. Pai e filha também contracenam juntos em O Shaolin do Sertão, de Halder Gomes.
O trabalho do longa vai muito além do campo cinematográfico:
- A revista em quadrinhos “Jack Navalha”, desenhados teoricamente pelo protagonista Jonas (Edu Moraes), na verdade foi feita pela estudante de artes plásticas da UnB, Flávia Lima. O diretor gostou tanto das ilustrações que as exibiu no final do filme como uma sequência de animação.
- Outra extensão do filme é o videclipe de “Cara Metade”, música original executada por Ricardo Pipo. O lançamento comercial está previsto para 2017.
A trilha sonora contou com sucessos de Bob Dylan (“Gotta Serve Somebody”), Raul Seixas (“Como Vovó Já Dizia”), Tribo de Jah (“Babilônia em Chamas”), Technotronic (“Pump Up The Jam”) e O Terno (“Tic Tac”), além da trilha original composta pelo maestro alemão Sascha Kratzer, que inclui uma releitura da ópera “O Guarani”, de Carlos Gomes. O filme ainda traz o tema da Voz do Brasil acompanhado do bordão “em Brasília, 19 horas”, que significa o fim do expediente para os funcionários.
Para além da sétima arte, o diretor Santiago Dellape também é servidor público há seis anos e retirou das situações do seu cotidiano a ferramenta para aproximar ainda mais a narrativa do filme da realidade. A luta do protagonista, que se divide entre um sonho artístico e as responsabilidades no trabalho não foram por acaso. Além disso, Santiago já apresentava interesse por temas como burocracia e serviço público desde sua época de faculdade, que, inclusive, virou tema do seu projeto de conclusão de curso.
Santiago Dellape e o roteirista Davi Mattos já trabalharam juntos em outros projetos, como “País do Futuro” e “O Verão da Lata”.
Da tela aos bastidores, a produção viveu e expôs o impacto de temas como conflito trabalhista e burocracia. A equipe viveu uma situação parecida acerca da questão das horas extras necessárias para se cumprir o plano de filmagem em apenas 25 diárias. Quanto à burocracia, o filme não conseguiu ter sua estreia antecipada por "pendências documentais".
Ganhou uma Menção Especial no Festival Fantasporto 2017.