O Autor: Críticas

Filme provocador e inquietante. Personagens medíocres e falsos para com os outros, complexos; porém a direção revela a real intenção dos personagens com bom uso do close up em suas expressões faciais, ótimos atores. Faz o espectador sentir raiva principalmente do personagem principal e suas escolhas manipuladoras para servir de inspiração ao livro. O final é excelente e sutil, dá um gosto de justiça e ao mesmo tempo surpresa, justiça porque se espera que Álvaro (personagem principal) tenha algum tipo de "punição" por suas mentiras. Ao contrario de arrependimento, ele mesmo acha genial que "o feitiço tenha virado contra o feitiçeiro" na armadilha que seus vizinhos montaram. Agora, na cadeia, ele finalmente pode se voltar somente ao ato de escrever, da maneira como encontrou para exercer, imitando (literalmente) a vida e a manipulando. Pelo close up, que evidencia a contradição/expressão humana e os sentimentos indizíveis que muitas vezes gostaríamos de esconder, podemos nos sentir empáticos a Álvaro e todos os personagens. Resta a reflexão, afinal, tudo vale por aquilo que gostamos de fazer, mesmo que sejamos medíocres?

Por ser roteirista achei o filme muito irônico ao lidar com diversas ferramentas de um roteiro: o motivo, o enredamento dos núcleos, o conflito, o clímax e... a reversão de expectativa. Achei brilhante,

QUando começou o filme, achei muito chato e arrastado, depois eu tive a certeza que era assim, desse jeito....

Parado de mais.
Sem emoção até mesmo em partes que tentavam ter.
Final muito criativo e não previsível para um filme inteiro cansativo.