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    A 13ª Emenda
    Média
    4,4
    90 notas
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    11 Críticas do usuário

    5
    6 críticas
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    Sidnei C.
    Sidnei C.

    120 seguidores 101 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 10 de dezembro de 2016
    A 13ª Emenda do título se refere à Emenda da Constituição Americana que aboliu a escravidão nos Estados Unidos. É o equivalente à nossa Lei Áurea, só que entrou em vigor aproximadamente uns 25 anos antes. Mas, segundo a diretora Ava DuVernay, o fim da escravidão dos negros nos Estados Unidos foi ao longo do tempo sendo substituído por outras formas de segregação, até culminar com a política do encarceramento em massa. O filme constrói muito bem uma tese, e se baseia em fatos, números e estatísticas assustadoras para provar seu ponto de vista. O tema e as argumentações são polêmicos, como convém a um bom documentário com temática político-social que se preze.

    O documentário tem bastante agilidade, e além de usar o recurso tradicional de alternar imagens de arquivo com depoimentos, também recorre às letras de raps que denunciam a condição da comunidade negra marginalizada. Um trecho do documentário já viralizou na internet: imagens de cidadãos da comunidade afro-descendente americana sendo agredidos na rua gratuitamente, enquanto ouvimos a voz de um extremista proferir um discurso de ódio racista. Talvez o único defeito de A 13ª Emenda seja ficar um pouco repetitivo no uso de depoimentos de experts e membros famosos da comunidade de afro-descendentes, e haver esquecido de colher relatos dos presos, principalmente dos famosos inocentes que foram levados para trás das grades. Faltou também aprofundar um pouco a origem da criminalidade alta junto à comunidade de afro-descendentes dos Estados Unidos, que existe muito em decorrência da histórica ausência do Estado, o mesmo que ocorre no Brasil nas favelas e comunidades carentes.

    A diretora DuVernay começou na televisão fazendo exatamente documentários, então é sua praia, o gênero que ela domina mais e no qual acumulou uma boa experiência. Há 2 anos atrás surpreendeu com a maturidade e domínio de direção em Selma, que era apenas seu terceiro longa-metragem de ficção para o cinema. O filme chegou a ser indicado ao Oscar como Melhor Filme, exatamente no ano em que houve muita reclamação quanto à uma edição “branca”, já que nenhum ator negro foi indicado. O próprio filme obteve somente 2 indicações, e DuVernay, cujo trabalho foi muito elogiado, ficou fora das indicações como Diretor.

    Ao que tudo indica, a Academia vai novamente lembrar de DuVernay. O filme tem ganho muitos prêmios como Documentário de Longa-Metragem e aparecido em várias listas de melhores do ano de associação de críticos e jornalistas. Tradicionalmente, há sempre um número tão grande de inscritos para o Oscar, que os votantes fazem uma espécie de pré-seleção – que eles chamam de shortlist. Dos 145 inscritos, A 13ª Emenda ficou entre os 15 pré-selecionados, que irão compor a tradicional seleção de 5 melhores. Ano que vem, parece que temas relacionados à comunidade negra americana irão dominar as indicações à Melhor Documentário de Longa-Metragem, já que além de A 13ª Emenda, os documentários I Am Not Your Negro e O.J.: Made in America estão entre os favoritos a levar o prêmio.
    cinetenisverde
    cinetenisverde

    28.093 seguidores 1.122 críticas Seguir usuário

    2,0
    Enviada em 5 de fevereiro de 2017
    O objetivo desse filme é te convencer que o sistema carcerário americano é um resquício do sistema escravagista do passado. Para isso ele irá distorcer significados de boa parte da história política do século 20 da forma que convir, fazer propaganda (ainda que crítica) a favor dos democratas em detrimento dos republicanos (que possuem um espantalho como Donald Trump para fazer o serviço), apelar para os sentimentos do espectador sem muitas… não, sem qualquer prova de que há de fato um sistema racista agindo por um século e meio. Isso fica claro e nítido nos exemplos anedóticos usados por todo o filme.
    anônimo
    Um visitante
    4,0
    Enviada em 3 de maio de 2019
    Mais um documentário muito bom da Netflix sobre questões sociais, a criminalização da juventude negra nunca foi abordada de forma tão elaborada, porém senti falta de um pouco mais de pluralidade no debate, e também é sucinto demais para o peso do tema, ainda sim, vale conferir.
    Lucas D.
    Lucas D.

    6 seguidores 24 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 26 de abril de 2018
    Revelador e pesado. Extremamente pesado, esse documentário nos faz repensar muitas coisas. Sobre como a história e os governos influenciam e influenciaram a sociedade. A trilha sonora é sensacional.
    Ricardo L.
    Ricardo L.

    59.262 seguidores 2.750 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 7 de agosto de 2017
    Documentário de 1° linha, mostrando a realidade do preconceito racial e força bruta de uma policia parcial e cruel. cenas fortes que nos deixa com a reflexão dos porquês de tanta maldade humana.
    Renan S.
    Renan S.

    103 seguidores 124 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 12 de outubro de 2016
    Com A 13ª Emenda a diretora Ava DuVernay parece potencializar um discurso iniciado em Selma – Uma Luta Pela Igualdade. Construindo um panorama sobre a atual situação carcerária, e consequentemente social, dos Estados Unidos, onde a maior economia mundial exerce seu negativo papel com maestria. Imparcial e hipnotizante, os maiores efeitos do documentário estão na maneira como fazem uma ponte com tempos de segregação, colocando em voga aparentes medidas que se revelam apenas superficiais, num estigma que parece se querer fazer atemporal.
    Elisangela M.
    Elisangela M.

    19 seguidores 15 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 11 de fevereiro de 2017
    O documentário surpreende desde a concepção da narrativa sobre o aviltante aumento da população carcerária nos EUA nas últimas cinco décadas. O roteiro nos conduz a discutir os interesses econômicos políticos e sociais discriminatórios e, também, as intenções de enriquecimento de algumas corporações com o sistema prisional no País. Muito bem fundamentado e com entrevistados qualificados, reforça a importância histórica da origem dos fatos em pauta. Resgata o contexto em que são tomadas as decisões, não por mero acaso, mas por interesse de uma minoria que anos após anos mantém o poder e o controle sobre os meios de produção. E as razões (algumas) que norteiam a desqualificação do negro na sociedade. Um documentário inteligente. Eu recomendo!
    Carlinhos G.
    Carlinhos G.

    1 crítica Seguir usuário

    1,0
    Enviada em 11 de outubro de 2020
    Querem te convencer que autores de crimes violentos principalmente negros não devem ser presos. Enfim muita baboseira e distorções argumentativas, pura ginástica mental. Deveriam focar sim na falta de estrutura social e acesso à saúde e educação para os negros.
    Denis de Souza ..
    Denis de Souza ..

    3 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 26 de abril de 2017
    Para aqueles que arrotam que os EUA são exemplo de Justiça e de sistema prisional é um excelente soco no estômago.
    Uma crítica: achei o documentário omisso quanto ao papel dos magistrados, da suprema corte, enfim do judiciário americano. Qual o papel da suprema corte americana nisso tudo? Porque os juízes não foram mais pressionados pelo filme?
    Mas não tira nem um mérito do filme.
    Excelente. Indicado a todos!!
    Miguel C.
    Miguel C.

    1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 16 de outubro de 2017
    O filme traz inúmeras evidências de que o racismo, seja nos EUA ou em qualquer outra parte do mundo, serve a um propósito econômico.
    Dizer que ele faz propaganda para os democratas é esquecer que ele evidencia o oportunismo dos Clinton e de outros candidatos daquele partido. Inclusive quando estes fazem a sua "autocrítica", são apresentados como demagogos.
    A própria atuação de Barack Obama não foi "incensada", mas apresentada com um certa dose de ceticismo. Observe-se que, nesse momento, passa a analisar as diversas propostas de revisão da lei penal, como uma versão do modelo vigente. Um pouco "mais do mesmo".
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