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Leonardo G. Wild
7 seguidores
43 críticas
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5,0
Enviada em 3 de novembro de 2019
Começo dizendo que assisti ao filme no cinema Belas artes, e recomendo para todos: vão ao cinema. Essa obra em muito melhora, com uma experiência imersiva. O filme é um opera intensa, com um ballet sem pausas. A história é contagiante, simples e ao mesmo tempo humana. A narrativa não vai muito além do que poderia ter acontecido com qualquer mulher naquele período, e isso é um dos melhores pontos do filme. Poder te mostrar todo um universo, que não está tão distante de você (e ao mesmo tempo choca). A trilha sonora, assim como a fotografia são pontos super importantes e que ajudaram a contar a história. O filme é bastante escuro e lavado, mas com muito contraste de cores fortes e vivas. Em cada cena,você pode ver que teve um carinho muito grande quanto a direção de fotografia. Que teve um investimento de tempo e planejamento, para que a fotografia fizesse parte da história. Quase como um personagem. A trilha sonora atravessa os personagens, a música, o modo como o filme é intenso e parece nunca ter pausas contemplativas. O sim do piano que mostra o emocional de cada uma das personagens. É um filme sobre sair, exclusão, pertencimento, amor, família, solidão, filhos, país e sonhos. Um filme muito emocionante é difícil, pela delicadeza como ele te mostra: “nem tudo saíra como você planejou. E talvez não seja o final do mundo”
(Insta @cinemacrica) Enfim, estreia nosso representante do Oscar 2020. Na próxima edição passaremos a contar com uma obra competitiva, diferentemente da participação burocrática do ano passado. Acredito que as chances de ao menos figurar na pré seleção dos 10 melhores sejam reais . Em "A Vida Invisível", Karim Aïnouz passeia pelo Rio de Janeiro da metade do século passado. A capacidade do diretor em adicionar uma espessa camada de sensibilidade ao romance no qual o longa se baseou é admirável. A beleza reside no fato de toda essa expressão se basear no naturalmente simples ao invés do rebuscado não crível. A atmosfera construída traduz bem a proposta. Sob o olhar de uma estilosa câmera com a nitidez ligeiramente desconstruída, os personagens interagem em ambientes com a presença intensa da vegetação carioca nativa. O selvagem avança para as relações humanas na medida em que se abordam aspectos inerentes à nossa natureza, brutos e dóceis, e persistentes até o presente. O toque de sensibilidade é fundamentalmente protagonizado pelas irmãs Eurídice e Guida. A diferença entre ambas é bem caracterizada: Eurídice é mais contida, por isso segue com mais facilidade a cartilha social de submeter-se a convenções como o matrimônio. Guida é o seu oposto, regida pelo impulso, não calcula as consequências das potenciais repressões de uma sociedade machista para fins como ser mãe solteira. Apesar das diferenças, Karim consegue dimensionar com riqueza o afeto entre as irmãs. Após seguirem rumos distintos na juventude, a separação física persiste, assim como a conexão emocional. A felicidade plena, entretanto, não é possível por conta de sucessivos episódios tristes, verdadeiros e atuais da intransigente imposição masculina. O desfecho dessas vertentes da índole humana desembocam na participação de Fernanda Montenegro. O que a atriz nos oferece, mais uma vez, é memorável. É sobre o retrato do amor que pode existir nas diferenças, é sobre a lembrança da miséria do machismo que nos acompanha até hoje.
aprovado. podem assistir, é um filme que conta uma história triste, só não te deixa mal, porque as personagens mantém 99% do tempo uma vontade de viver muito forte. fala de como a vida era dura nos anos 50. ps: eu não queria exagerar, mas qualquer pessoa pode assistir, por que obra-prima é assim, é filme, mas parece poesia.
nota: é claro que o filme é um pouco mais difícil do que assistir do que a média, é praticamente um "cult", aborda temas delicados, e complexos (estupro, eutanásia, depressão, orgulho, preconceito, egoísmo, até sobre o SUS podemos divagar...porque não existia nos anos 50, não existia pílula anticoncepcional, etc.) e minha opinião é de uma pessoa leiga, assistir filmes do tipo "cult", que nos tragam reflexão, é quase um hoby, e eu só fiz uma homenagem lúdica, quase poética, e não uma classificação indicativa. Críticas profissionais com mais detalhes já existem.
Os comentários negativos sobre esse filme nesse site ressaltam o quão importante ele é na questão do machismo presente na sociedade contemporânea. A ótica dos anos 50 a respeito da mulher retrata a crueldade do sistema misógino e patriarcal, por meio de interpretações arrebatadoras e um ritmo angustiante — ainda que realista. A sensibilidade da obra me emocionou ao longo de toda a narrativa, e a frustração que o espectador carrega é necessária para consolidar a mensagem do filme. O cinema nacional se revela mais uma vez espetacular e digno de incentivos, principalmente em uma época que a cultura vive fadada às migalhas da ignorância. Um filme infelizmente atual e, ainda sim, lindo.
Só elogios! Filme muito bem elaborado e retratando a vida de mulheres nos anos 50(e ainda hoje) numa sociedade machista. O elenco está de parabens! O filme está entre os melhoresv ja produzidos no Brasil
Olha devido ao que vi no trailer e depois das críticas aqui no adoro cinema, tinha uma percepção desse filme, porém confesso que fui surpreendido, o filme é muito bom, com ótimas atuações (até do Gregório Duvivier), começa lento, mais depois a história vai pegando corpo, até chegar no seu ápice, a interpretação majestosa de Fernanda Montenegro, que apesar de curta da um emoção a sua personagem inigualável, uma grande atriz como ela não precisa de muito pra brilhar quando lhe dão as ferramentas certas pra brilhar, é um filme que me emocionou e recomendo!
Pode ser o melhor filme, história, enredo, efeitos especiais, etc.. Mas se tem Gregório Duvivier eu já dou dislike, cara sem graça. Comunista. Aproveitador de dinheiro publico. Eu não assisto e nem vou assistir. Artista que não consegue sobreviver do seu talento tem que mudar de profissão.
As dores de todas as mulheres numa história sensível e intensa. Nossas avós , nossas mães e nós mesmas na vida daquelas irmãs buscando apenas construir suas vidas. Mas para as mulheres nunca è apenas, há sempre uma definição anterior de como devem ser. Um filme feito da dor de amar a liberdade de ser, quando para homens amar è dominar. A tristeza invade, mas tratasse de uma tristeza que afirma mais e mais quem somos e queremos ser!
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