Egon Schiele foi um dos artistas mais provocativos de Viena no início do século XX. O jovem talentoso e sedutor condiziu sua vida e obra de acordo com as mulheres que o cercavam: Gerti, sua irmã mais nova e primeira musa, e Wally, paixão de sua vida, imortalizada na famosa pintura "Morte e a Donzela". Causador de escândalos sociais, ele atraiu a atenção de artistas ousados como Gustav Klimt.
Críticas AdoroCinema
2,0
Fraco
Egon Schiele - Morte e a Donzela
Todas as mulheres do artista
por Bruno Carmelo
A cada nova biografia de uma celebridade nos cinemas, o espectador pode se questionar sobre o ponto de vista em relação ao biografado: trata-se de um projeto de viés informativo, mesmo didático? Uma análise crítica? Uma adoração e homenagem? Egon Schiele - Morte e a Donzela se encaixaria na última categoria. Para além da incoerência de propor uma obra convencional sobre alguém fora dos padrões, o filme se limita a incorporar a nobreza de seu personagem central: a obra se tornaria importante por abordar a vida de alguém importante. Seu mérito seria extrínseco, extra-filme. Estamos num curioso terreno da autoralidade às avessas, no qual o diretor se eclipsa para deixar o astro brilhar.O diretor Dieter Berner embebe sua narrativa numa solenidade própria às produções de época: ostensiva recriação de figurinos e cenários, luxuosos movimentos de câmera (incluindo o uso de drones para retratar
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