"Têm certos roteiros que vc nãoconsegue entender como é que teve um produtor com a audácia de transformá-lo num filme.E este é o caso de "Bebês geniais", sério candidato ao pior filme que já viaté hoje ("O rei da água" e "Como enlouquecer seu chefe" sãofichinha perto dele). Vejam só. Cena 1 do filme: uns 5 guardas estão nos arredores de um grande emoderno prédio empresarial, à noite, buscando um fugitivo: um bebê de apenas 2 anos deidade que ESCALOU 25 andares (!!!) para fugir do laboratório em que estava confinado.Perseguido pelos guardas, o singelo bebê os derrota com golpes de caratê (!!!). Mastermina sendo capturado. A partir de então, a cena enfoca Christopher Lloyd, que dá a melhorsinopse jamais vista nos primeiros 5 minutos de um filme. O que ele disse neste períodofoi exatamente o que li na sinopse do jornal sobre o filme, é praticamente o mesmo texto.Realmente impressionante. Mais à frente, descobrimos que os bebês falam entre si e possuem osegredo da vida universal. Só que, quando estão em torno de 2 e 3 anos e aprendem afalar o idioma dos adultos, eles simplesmente "cruzam a fronteira" e se esquecemdos segredos cósmicos, o que impede que os adultos os descubram. Só que o pai de um dos gêmeos protagonistas do filme consegue selembrar vagamente da linguagem dos bebês, que ele esquecera há quase 30 anos atrás.Resultado: ele, aos poucos, consegue entender o gugu-dadá de seus filhos e realmenteconversa com eles, ele falando na linguagem dos adultos e os filhos na linguagem dosbebês. Mas tem mais. Os 2 gêmeos conseguem falar entre si. Como? Telepatia,é claro! Eles simplesmente fecham os olhos e conseguem se comunicar, mesmo estando amilhas de distância um do outro. E é claro, não poderia deixar de me esquecer, tem umgaroto com cabelo cor-de-rosa chamado Pica-Gelo também. Para completar o estrago, a idéia de colocar em cena bebês falantesnão é nem ao menos original: na trilogia "Olha quem está falando" isto foifeito de forma bem mais agradável e engraçada. Ou seja, "Bebês geniais" foium grande desperdício de película, pois dele nada se aproveita mesmo. Nota zero, e comlouvor."