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Gabriella Tomasi
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106 críticas
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4,0
Enviada em 14 de abril de 2017
(...) Com uma narrativa longa para projetos de formato documental, e com duração de 162 minutos que, infelizmente, as vezes se estende muito em determinados temas, mas que são necessários para este estudo antropológico maravilhosamente bem feito. E a obrigatoriedade e urgência deste filme é tanta pelo seu caráter histórico e humano, que deverá ser exibido em todas as aulas de história de todas as escolas e faculdades do Brasil.
Documentário informativo com uma montagem simples e eficiente. Os narrações são precisas e bem ilustrativas. Os contrapontos bem expostos ao longo do filme explora as versão dos dois lados envolvidos nos conflitos agrários de uma forma honesta. Esclarece, educa e informa na medida certa. Por ter um tempo longo afasta os mais imediatistas que queiram um produto enxuto formato reportagem. Vale a pena ter a disponibilidade para acompanhar as "investigações" trabalhando num realismo a todo tempo. O filme ainda é bem ilustrado com material de arquivo (em menor quantidade). Uma montagem de muita responsabilidade para não perder o fio condutor, mantendo a narrativa clara. O filme tem uma posição política a favor da causa indígena. É político em sua essência e não é panfletário, pois expõe as contradições dando margem para conclusões de quem o assiste. Uma série de "finais" fecham o "debate" muito bem. Emociona e educa. Atualíssimo e crucial para entender os atuais conflitos ideológicos na política brasileira. Trata a questão agrária com propriedade, pois é resultado de uma grande pesquisa ao longo de décadas de registros e visitas aos locais de conflitos (aldeias e fazendas).
O filme brasileiro mais necessário que já vi, houveram momentos em que não consegui parar de chorar. Povo Guarani, estou com vocês!! A demarcação de terras indígenas é urgente, para ontem, espero que logo eles encontrem felicidade em suas terras e estilo de vida ♡
Artístico e muito informativo, aliás, mais que informativo: educativo. O traço "militante" que percorre o documentário, que para muitos é um problema, nesse tipo de obra é fundamental. Por todos os lados e mídias vemos grotescas montagens e roteiros pejorativos, reforçadores de estereótipos que merecem ser repensados. Este documentário é aberto suficientemente para possibilitar diversas abordagens críticas, porém fechado suficientemente para possibilitar uma narrativa precisa que vai ao encontro dos objetivos do próprio filme. Martírio é antropologicamente um bom filme, sem deixar de ser artisticamente um bom filme, coisa que poucos documentários em longa-metragem conseguem. Indiscutivelmente um incômodo para certos "paladares" cinematográficos e isso é, sem dúvida, seu ponto mais forte: incomodar sem parecer apelativo, o que mantém a narrativa firme e consistente ao longo das quase 3 horas de filme.
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