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Rodrigo Gomes
5.709 seguidores
868 críticas
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2,0
Enviada em 18 de junho de 2018
É um bom roteiro, no entanto executado de forma perdida, desfocada e amadora. Por outro lado, possui uma ousadia rebelde, que deve ser entendida, no mínimo como transgressora, até pelo local em que se passa. Sem dúvida, é um manifesto ao preconceito, infelizmente confuso em meio a assuntos desconectos. Faltou direção em sequenciar as cenas e promover uma continuidade funcional ao longa.
Muitas pausas durante os diálogos, câmera no nada muitas vezes e o roteiro não te leva pra lugar algum. Realmente não é um filme pra mim! Não entendi o conceito...
O filme tem um tempo bem específico e condizente com a narrativa, sem muitas falas, impressiona pelas cenas marcantes e, embora não aprofunde as temáticas abordadas, traz à luz questionamentos importantes e que dá o recado ao espectador mais atento. 'A cidade do futuro" é uma película sensível, envolvente e emocionante. Vale a pena e faz jus aos prêmios que já recebeu e merece outros. Tem um final lindo deixando um gostinho de quero mais.
A Cidade do Futuro é uma bagunça narrativa que tenta juntar a história da transposição do Rio São Francisco com a mudança de geração e seus jovens bissexuais de relacionamento aberto. Ele usa habitantes da região como atores, e para fazer funcionar utiliza uma montagem que força a narrativa, além de composições que lembram o teatro. O teatro esquerdinha que infecta cada uma das escolas públicas. Não é uma história forte, mas possui uma direção primorosa. A dupla Cláudio Marques e Marília Hughes acertam em cheio na abordagem maniqueísta para evitar percebermos que não há atores presentes, mas é Cláudio, que assina o roteiro, que confunde tudo em um marasmo novelesco. O resultado é misto, mas pendendo para o fascinante, se entendermos os símbolos por trás da história. É um trio amoroso de gays que irá cuidar do bebê que chega em uma cidadezinha no interior da Bahia. Heitor será o nome dele. Ao sair da cabine dou de cara com a mãe (e “atriz”) e o pequeno Heitor, já grandinho, o que se torna mais estranho que a ficção. O filme é de 2016, e vai estrear apenas agora graças à eficiência de obras que não precisam de dinheiro pois foram patrocinadas pela Ancine (aka o seu dinheiro).
A Cidade do Futuro revela que, sim, a verdade é mais estranha que a ficção.
Porque somos capazes de confundi-la, porque nos vemos capazes de acreditar que certas realidades não são possibilidade, porque a ficção sempre fará mais sentido. Porque nos recusamos a aceitar a forma como nos retratam, quando retratam com a realidade como sua aliada.
Enaltecendo nossa cultura e talhando seu nome nela, é assim que o filme, dando voz à nova geração e necessidades da sociedade para adequação a essa urgente realidade, faz com que Serra do Ramalho faça jus a sua alcunha, finalmente se tornando a cidade do futuro.
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