Baseado em uma história real, o filme As Golpistas, dirigido e escrito por Lorene Scafaria, acompanha o relato de Destiny (Constance Wu), que, na cidade de Nova York, consegue um emprego como stripper em uma boate. Após um começo difícil, Destiny se torna amiga de Ramona (Jennifer Lopez), que compartilha com ela toda a sua experiência e sua expertise na função.
A amizade com Ramona é o ponto de virada na vida de Destiny. Com a amiga, ela passa a ganhar muito dinheiro e a poder desfrutar de um padrão de vida com o qual ela nunca tinha sonhado. Porém, com o advento da crise financeira nos Estados Unidos, em 2008, os clientes passaram a minguar, a renda começa a cair e, tanto Ramona, quanto Destiny, precisam vislumbrar novas maneiras de ganhar dinheiro.
É assim que, na companhia de Mercedes (Keke Palmer) e Annabelle (Lili Reinhart), Ramona e Destiny passam a aplicar golpes em determinados clientes. O modus operandi do grupo é bem batido: em restaurantes luxuosos, elas pescam clientes importantes, dopam-nos, e liquidam com os limites dos cartões de crédito que eles possuem.
Esta história nos é relatada por meio de uma entrevista que Destiny concede a Elizabeth (Julia Stiles), jornalista da New York Magazine. Nesta entrevista, fica meio implícito também que a personagem meio que está fazendo um exame de consciência sobre os seus atos, tentando refletir sobre suas escolhas e os efeitos que elas causaram, não só na sua vida, como nas das pessoas que elas atingiram.
Por isso mesmo, em sua estrutura narrativa, As Golpistas lembra um outro filme chamado Altos Negócios, dirigido por Cüneyt Kaya. Em ambos os filmes, temos como personagens centrais pessoas que vivem de aplicar golpes nos outros e que, aparentemente, em entrevistas a outras pessoas, estão analisando tudo aquilo que fizeram. A diferença entre os dois filmes está no elemento do entretenimento, que sobra em As Golpistas, e nas excelentes atuações de Constance Wu e de Jennifer Lopez.