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Ruben é um baterista de uma banda de metal com sua namorada Lou. Repentinamente perde a audição e fica surdo. Ao longo de todo o filme, Ruben passa a aprender a lidar com essa nova situação de vida. Um filme extremamente sonoro, agoniante, mostrando a real sensação de como seria ficar surdo e ter que reaprender a viver novamente. Um show de atuação. Bem sensorial e diferente. Muito bom.
Em "O Som do Silêncio", filme dirigido e co-escrito por Darius Marder, acompanharemos a história de Ruben Stone (Riz Ahmed), baterista de um duo musical, ao lado da sua namorada vocalista Lou (Olivia Cooke). Quando o filme inicia, tudo está indo de vento em popa na sua vida; até o momento em que ele percebe que está tendo uma perda auditiva considerada, que se torna definitiva em poucos dias.
O roteiro escrito por Darius e Abraham Marder aborda justamente a adaptação de Ruben à sua nova condição como deficiente auditivo. Inserido em uma comunidade formada por pessoas como ele, Ruben passa a conviver com a cultura surda, com a linguagem de sinais; ao mesmo tempo em que reaprende a viver com as suas limitações.
O filme é muito feliz na forma como aborda esta jornada, tendo como pano de fundo a pessoa de Ruben - alguém que foi dependente químico, que estava feliz no amor e na profissão e que, ao se tornar deficiente auditivo, lida também com as incertezas sobre o seu próprio futuro, sobre a identidade que ele tem de si mesmo, sobre quais serão os próximos passos de sua vida e sobre como ele pode se reencontrar diante do caos em que ele se encontra.
Falando em caos, é importante perceber a forma sutil com a qual o diretor Darius Marber tenta nos inserir diretamente na nova realidade de Ruben. Neste sentido, é importantíssimo o trabalho de design de som de "O Som do Silêncio". Somos confrontados com todos os ruídos, barulhos, músicas, conversas (de um lado) e com o silêncio (de outro), que representam o mundo de ouvintes e de não ouvintes.
Ao final de tudo, esta é uma jornada sobre aprender a se encontrar no silêncio - que é incômodo, que nos obriga a jogar o olhar para nós mesmos, que nos faz enxergar as nossas vulnerabilidades e que também pode nos auxiliar a nos deparar com a paz. Dentro do turbilhão que é Ruben, o maior aprendizado dele é justamente esse: o de encontrar a paz dentro de si mesmo, o que passa pela aceitação direta da sua nova condição. Por isso mesmo, ao lado do design de som, o elemento mais poderoso de "O Som do Silêncio" acaba sendo a atuação maravilhosa de Riz Ahmed - que merece ser lembrado na próxima temporada de premiações.
O roteiro escrito por Darius e Abraham Marder aborda justamente a adaptação de Ruben à sua nova condição como deficiente auditivo. Inserido em uma comunidade formada por pessoas como ele, Ruben passa a conviver com a cultura surda, com a linguagem de sinais; ao mesmo tempo em que reaprende a viver com as suas limitações.
O filme é muito feliz na forma como aborda esta jornada, tendo como pano de fundo a pessoa de Ruben - alguém que foi dependente químico, que estava feliz no amor e na profissão e que, ao se tornar deficiente auditivo, lida também com as incertezas sobre o seu próprio futuro, sobre a identidade que ele tem de si mesmo, sobre quais serão os próximos passos de sua vida e sobre como ele pode se reencontrar diante do caos em que ele se encontra.
Falando em caos, é importante perceber a forma sutil com a qual o diretor Darius Marber tenta nos inserir diretamente na nova realidade de Ruben. Neste sentido, é importantíssimo o trabalho de design de som de "O Som do Silêncio". Somos confrontados com todos os ruídos, barulhos, músicas, conversas (de um lado) e com o silêncio (de outro), que representam o mundo de ouvintes e de não ouvintes.
Ao final de tudo, esta é uma jornada sobre aprender a se encontrar no silêncio - que é incômodo, que nos obriga a jogar o olhar para nós mesmos, que nos faz enxergar as nossas vulnerabilidades e que também pode nos auxiliar a nos deparar com a paz. Dentro do turbilhão que é Ruben, o maior aprendizado dele é justamente esse: o de encontrar a paz dentro de si mesmo, o que passa pela aceitação direta da sua nova condição. Por isso mesmo, ao lado do design de som, o elemento mais poderoso de "O Som do Silêncio" acaba sendo a atuação maravilhosa de Riz Ahmed - que merece ser lembrado na próxima temporada de premiações.
Um dramão daqueles bem feitos, muito bem dirigido, com uma bom roteiro e uma ótima atuação de Riz Ahmed. Vale ressaltar a edição de som que aqui é muito boa, muito imersiva, bom, aliás, se tratando do tema do filme eu não esperava algo diferente. Ao meu ver, O Som do Silêncio sofre apenas de um pequeno problema de ritmo, mas é um belo filme, as lições que ele deixa são muito interessante e vale muito a pena assistir. Muito bom.
"O som do metal" é um filme que busca retratar a angústia causada por uma repentina perda de audição, e consegue fazer isso muito bem.
Contando a história de um baterista de uma banda indie que vive com sua namorada (vocalista) em um motor home fazendo apresentações pelo pais, o roteiro em sua primeira camada parece simples, mas ao decorrer da obra os personagens são aprofundados e vamos sentindo uma comoção pela vida dos protagonistas, roteiro e direção trabalham juntos para compor uma narrativa que escala profundamente o nível sentimental da trama.
A direção é boa, com destaque a cena de abertura, o bom uso da fotografia e da iluminação e o incrível uso da mixagem de som, que muitas vezes é usada até como parte da narrativa da obra, causando uma grande imersão
Todas as atuações estão boas, mas Riz Ahmed está espetacular, o trabalho do ator é de entrega e profundo conhecimento sobre o seu personagem, temos uma atuação que passa pelas mais diversas personalidades de um só individuo, e mesmo nas cenas mais simples o ator conseguiu dar uma ar realista e doloroso ao seu personagem, a indicação ao oscar é muito justa.
O trabalho do pouco experiente Darius Marder é muito interessante, é muito claro que o diretor quer causar uma imersão muito grande ao telespectador, e ele consegue fazer isso deste a primeira cena do filme, e sempre que nos distraímos ele dá um jeito de colocar a gente de novo pra dentro do filme, esses detalhes estão presentes nas tatuagens do protagonista, e em até no detalhe da linguagem de sinais, a onde o diretor tira a legenda das conversações em libras e só recoloca quando nosso protagonista aprende a linguagem, sem falar da sensação de sujeito dos ambientes que conseguimos sentir, são detalhes de quem pensou uma obra, mas nem tudo é perfeito, o filme tem uma barriga no segundo ato, e apesar do bom e muito corajoso final temos alguns erros de coerência na jornada, porém "O som do metal" é uma grata surpresa. Nota 08/10
Contando a história de um baterista de uma banda indie que vive com sua namorada (vocalista) em um motor home fazendo apresentações pelo pais, o roteiro em sua primeira camada parece simples, mas ao decorrer da obra os personagens são aprofundados e vamos sentindo uma comoção pela vida dos protagonistas, roteiro e direção trabalham juntos para compor uma narrativa que escala profundamente o nível sentimental da trama.
A direção é boa, com destaque a cena de abertura, o bom uso da fotografia e da iluminação e o incrível uso da mixagem de som, que muitas vezes é usada até como parte da narrativa da obra, causando uma grande imersão
Todas as atuações estão boas, mas Riz Ahmed está espetacular, o trabalho do ator é de entrega e profundo conhecimento sobre o seu personagem, temos uma atuação que passa pelas mais diversas personalidades de um só individuo, e mesmo nas cenas mais simples o ator conseguiu dar uma ar realista e doloroso ao seu personagem, a indicação ao oscar é muito justa.
O trabalho do pouco experiente Darius Marder é muito interessante, é muito claro que o diretor quer causar uma imersão muito grande ao telespectador, e ele consegue fazer isso deste a primeira cena do filme, e sempre que nos distraímos ele dá um jeito de colocar a gente de novo pra dentro do filme, esses detalhes estão presentes nas tatuagens do protagonista, e em até no detalhe da linguagem de sinais, a onde o diretor tira a legenda das conversações em libras e só recoloca quando nosso protagonista aprende a linguagem, sem falar da sensação de sujeito dos ambientes que conseguimos sentir, são detalhes de quem pensou uma obra, mas nem tudo é perfeito, o filme tem uma barriga no segundo ato, e apesar do bom e muito corajoso final temos alguns erros de coerência na jornada, porém "O som do metal" é uma grata surpresa. Nota 08/10
É um daqueles filmes em que, mais do que bom, se parece necesssário. É um filme inclusivo, mas não é apelativo. Nos momentos chave do filme há divergências de opinião e as mesmas existem de tal forma que conseguimos compreender o lado das duas partes envolvidas. Um belo filme, bom roteiro e ótimas atuações.
Sound Of Metal é um filme de drama lançado em 2020 distribuído pelo Prime Video e dirigido por Darius Marder.
Primeiramente, é essencial que o filme seja assistido em um volume bem alto e em total silêncio, pois, devido ao protagonista ser surdo o longa foca muito dos ruídos e sons a seu redor.
A edição de som é ótima e dá um tom bem realista a história, há momentos que você fica com um pouco de aflição por não ouvir ou entender algumas coisas, e isso é ótimo, pois faz o espectador se sentir na pele do personagem. Aliás, falando no protagonista, ele é uma das melhores coisas do filme, sem dúvidas é o melhor trabalho da carreira de Riz Ahmed e pode lhe render até uma indicação ao Oscar, todos os personagens são muito bem desenvolvidos, com da personagem da Olivia Cooke, que faz o papel da namorada do personagem principal, a atriz está muito bem no papel, mas ela não é tão bem trabalhada quanto os outros, no terceiro ato até tentam dar uma profundidade maior a ela, mas nada de mais. A fotografia do filme é boa, tem planos muito bonitos e o diretor sabe oque está fazendo. O longa também cinta com alguns alívios cômicos que funcionam bem, ajudam a aliviar um pouco o filme. Além de tudo é muito agradável acompanhar a trajetória do personagem, você realmente se importa e torce muito por ele.
Eu acho que o terceiro ato é um pouco inferior a os dois primeiros, ele é bom, claro, mas não tão bom quanto os outros, porém o filme acerta ao encerrar no momento perfeito, a mensagem final é muito boa.
Sound Of Metal é um filme muito bom. É comovente, tem excelentes atuações e uma ótima evolução de personagens, mas se perde um pouquinho no último ato.
Primeiramente, é essencial que o filme seja assistido em um volume bem alto e em total silêncio, pois, devido ao protagonista ser surdo o longa foca muito dos ruídos e sons a seu redor.
A edição de som é ótima e dá um tom bem realista a história, há momentos que você fica com um pouco de aflição por não ouvir ou entender algumas coisas, e isso é ótimo, pois faz o espectador se sentir na pele do personagem. Aliás, falando no protagonista, ele é uma das melhores coisas do filme, sem dúvidas é o melhor trabalho da carreira de Riz Ahmed e pode lhe render até uma indicação ao Oscar, todos os personagens são muito bem desenvolvidos, com da personagem da Olivia Cooke, que faz o papel da namorada do personagem principal, a atriz está muito bem no papel, mas ela não é tão bem trabalhada quanto os outros, no terceiro ato até tentam dar uma profundidade maior a ela, mas nada de mais. A fotografia do filme é boa, tem planos muito bonitos e o diretor sabe oque está fazendo. O longa também cinta com alguns alívios cômicos que funcionam bem, ajudam a aliviar um pouco o filme. Além de tudo é muito agradável acompanhar a trajetória do personagem, você realmente se importa e torce muito por ele.
Eu acho que o terceiro ato é um pouco inferior a os dois primeiros, ele é bom, claro, mas não tão bom quanto os outros, porém o filme acerta ao encerrar no momento perfeito, a mensagem final é muito boa.
Sound Of Metal é um filme muito bom. É comovente, tem excelentes atuações e uma ótima evolução de personagens, mas se perde um pouquinho no último ato.
Sem choro nem vela, o drama exposto de um músico que fica surdo repentinamente, não tenta ser traduzido no processo de superação, aceitação e reinvenção social do personagem, muito menos nas imagens ou trilha sonora, com inexistência da trilha sonora triste, ou das frases ditas no ápice do furor. Mas a terrível impossibilidade de retomar o que se perdeu completamente, é proposta na aberração sonora contrastando diretamente com a fotografia, e com o som que, não apenas o personagem, mas também o expectador está acostumado a escutar.
Cinema à flor da pele. As tecnicas de edição e áudio fazem o espectador sentir o que é ser surdo, assim como a troca de percepção auditiva nos mostra o terror que é perder a audição.
A trama ainda reserva um sentimento amargo de frustração e tudo passa uma aura angustiante e pesada. Somente com as ótimas atuações do filme foi possível passar tanto sentimento no vácuo do silêncio.
A trama ainda reserva um sentimento amargo de frustração e tudo passa uma aura angustiante e pesada. Somente com as ótimas atuações do filme foi possível passar tanto sentimento no vácuo do silêncio.
Obra comovente, que incomoda o espectador ao simular a alteração dos sons ao redor do protagonista, um baterista que se percebe ficando surdo.
A trama discute sobre teimosia, falta de comprometimento, passionalidade, egoísmo e empatia.
Riz Ahmed está ótimo interpretando um jovem que, apesar de estar liberto de um histórico de consumo de drogas, possui um ímpeto hiperativo que dificulta seu bem-estar e sua paz de espírito. Como se dentro de si mesmo houvesse uma bateria a ser constantemente tocada, e que vibra seu ser na mesma intensidade com que antes tocava.
Sensível e profundo, um dos melhores filmes do ano.
A trama discute sobre teimosia, falta de comprometimento, passionalidade, egoísmo e empatia.
Riz Ahmed está ótimo interpretando um jovem que, apesar de estar liberto de um histórico de consumo de drogas, possui um ímpeto hiperativo que dificulta seu bem-estar e sua paz de espírito. Como se dentro de si mesmo houvesse uma bateria a ser constantemente tocada, e que vibra seu ser na mesma intensidade com que antes tocava.
Sensível e profundo, um dos melhores filmes do ano.
O Som do Silêncio é um filme para ser sentido, que provoca sensações inéditas no expectador, ao explorar a sensação do público ao contar a história de um baterista que de repente é atingido por uma surdez repentina. A montagem e a exploração do som provoca sensações inéditas, fazendo o público sentir o que é ficar surdo de repente, como é a sensação de voltar a ouvir através de um transplante, enfim é magnífico como o filme passa essas sensações, parece que está acontecendo conosco de tão realista que são as cenas e som. Além de também trazer a luta do indivíduo, onde nos ensina que é necessário aceitar a si mesmo, mas ao mesmo tempo não desistir de seus sonhos para encontrar o seu lugar no mundo. Eis a questão. Perfeito!!!
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