A trama está repleta de clichês. Tábula Ouija, rituais de invocação, entidade, protagonista heroína, uma freira cega que ensina os caminhos para se livrar da maldição, enfim... Mas quem olha para o banner do filme na Netflix e lê a sinopse porcamente escrita já percebe logo de cara que terá um suco de clichês de terror se apertar o play, por isso não entendo as críticas negativas em relação a isso. Quem não curte os clichês, passe reto e veja outro filme, oras. Eu, particularmente, não dou a mínima se a história não é original desde que consiga me entreter, e essa película conseguiu. Quanto à produção, o que me agradou foi a não utilização do jumpscare como artifício apelativo. O suspense é bem construído e não apela para os sustos baratos de outras produções recentes. As atuações são ótimas, considerando a pouca idade do elenco, gostei dos movimentos de câmera em alguns momentos, pois bem originais, e o roteiro fecha sem deixar pontas soltas. Contudo, penso que faltou dramatizar um pouco mais o desfecho, já que que a ideia era personificar o heroísmo na garota protagonista. Além disso, senti a trilha sonora um pouco dissonante. Em qualquer trama de terror, em alguns momentos de ápice, de revelação, de possível susto, o suspense deve ser potencializado, e o efeito sonoro é o maior artifício para sua promoção. No entanto, a trilha deixou a desejar nesse sentido.
No geral, o filme é bom, nada espetacular. Retrata uma história baseada em fatos reais, contextualizando o eclipse oportunamente ocorrido em Madrid na época dos eventos. Merece 3 estrelinhas.
Ah... Fujam da versão dublada! É horrível!