Indicado ao Oscar 2018 na categoria Melhor Roteiro Original!
DOENTES DE AMOR (The Big Sick
The Big Sick é uma comédia romântica dramática dirigida por Michael Showalter com roteiro, produção e atuação de Kumail Nanjiani. O longa é baseado na história verídica de como Kumail Nanjiani conheceu sua atual esposa, a co-roteirista Emily V. Gordon.
The Big Sick navega pela comédia e pelo drama! O começo do filme é bem morno e até um pouco monótono, ao apresentar o dia a dia de Kumail, um motorista de Uber paquistanês e comediante de stand-up. Kumail vive nos EUA com sua família paquistanesa e sonha em se tornar um grande comediante. Uma família que seguia seus costumes e suas tradições há anos, como o fato das esposas que a mãe de Kumail arrumava para ele, todas tinham que ser paquistanesa.
A partir do momento que Kumail conhece Emily (Zoe Kazan) em um de seus shows, o filme toma um grande fôlego e começa a ficar bem interessante de acompanhar. É muito gostoso de acompanhar a forma como eles vão se conhecendo e se interessando um pelo outro, na medida que começa nascer um grande amor entre ambos. Kumail começa a despertar seus sentimentos por Emily, na medida que ela também começa a se interessar por ele. Nesse momento o roteiro cresce e nos apresenta uma questão muito interessante entre o mais novo casal, que é o fato de Kumail começar a sentir algo verdadeiro por Emily, porém se esbarrar na tradição de sua família, que de certa forma ocasionaria até em sua expulsão. E no fato de Emily começar a se apegar verdadeiramente em Kumail e descobrir toda sua questão familiar.
Do meio para o fim do filme entramos na parte dramática do longa, que é a parte em que Emily contrai uma grave doença e fica em coma no hospital. A partir daí, Kumail se vê na grande questão de sua vida, que é o fato de já estar apaixonado por Emily e não conseguir deixá-la no hospital. Esta segunda parte do filme é sem dúvidas a melhor, quando começamos a acompanhar o grande drama pessoal de Kumail. O roteiro começa a ficar mais sério e a tomar rumos muito interessantes. Como o fato de Kumail talvez se sentir de certa forma culpado pela situação atual de Emily (uma vez que o próprio discutiu muito sério com ela antes de ela ir parar na UTI do hospital).
Nessa segunda parte do filme entram em cena os pais de Emily, Beth (Holly Hunter) e Terry (Ray Romano). Um casal muito engraçado, que deu uma suavizada na parte mais pesada da trama. Holly Hunter e Ray Romano funcionaram muito bem em cenas! Kumail Nanjiani desenvolve seu próprio papel em sua própria história, nada surpreendente, apenas normal (acho que ele funciona melhor na segunda parte do filme, porque sinceramente eu não o achei engraçado, pelo menos em partes desse filme). Zoe Kazan é a parte mais fofa do filme (eu diria). Gostei de sua personagem, gostei da sua atuação, achei bem carismática e verdadeira.
Tem umas partes um tanto desnecessárias, como o fato de alguns momentos de comédias com algumas piadas, que eu acho que foge um pouco do ritmo do filme. Em alguns momentos eu não consegui sentir uma verdadeira comoção pelos protagonistas, acho que faltou um pouco de emoção.
No mais: The Big Sick conta com um roteiro original de certa forma até interessante, mas nada excepcional. É um filme mais descompromissado, aquela comédia romântica com uma carga mais dramática que vale a pena conferir. [19/02/2018]