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    Other People
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    3,5
    18 notas
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    5 Críticas do usuário

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    Kamila A.
    Kamila A.

    7.552 seguidores 806 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 28 de agosto de 2020
    O título "Outras Pessoas", do filme dirigido e escrito por Chris Kelly, vem de um diálogo que o protagonista, David (Jesse Plemons, da série "Friday Night Lights), trava com um amigo sobre o momento que ele está vivendo enquanto a trama do filme se passa: "isso tudo parece com algo que acontece com outras pessoas". Esta fala é muito representativa também sobre como muitas vezes encaramos os infortúnios na nossa vida. A gente nunca pensa que pode acontecer conosco, mas a verdade é que tudo isso pode ocorrer com a gente também.

    O filme captura um ano da vida de David, quando ele volta para casa, na cidade de Sacramento, para dar um apoio ao pai (Bradley Whitford) e às duas irmãs mais novas (Maude Apatow e Madisen Beaty), enquanto a sua mãe (Molly Shannon) passa por um tratamento contra um raro tipo de câncer. Quando David retorna para casa, sua vida pessoal está em frangalhos, afinal ele não consegue se consolidar como roteirista e seu relacionamento com o namorado Paul (Zach Woods) acaba de terminar.

    O que acontece com David é o que ocorre com a maioria de nós quando a gente se vê diante de uma situação muito difícil nas nossas vidas. Enquanto as coisas vão se desmoronando ao nosso redor, a gente finge ter uma força que, na verdade, a gente não sabe se tem; e a gente deixa aparentar para os outros que está tudo bem conosco, quando, na realidade, não está.

    O processo de autodescoberta da personagem, em "Outras Pessoas" é o de compreender que, para podermos restabelecer conexões e aparar as arestas e as dores passadas, a gente precisa sair do nosso mundinho e se abrir para o outro, para quem está ao nosso lado. Não somos obrigados a passar pelas dificuldades sozinhos. Somos muito mais fortes quando temos o apoio, a compreensão e o amor das pessoas que nos cercam.
    Yago T.
    Yago T.

    21 seguidores 28 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 4 de janeiro de 2017
    Other People recebeu quatro indicações ao Independent Spirit Awards 2016 e mereceu cada uma delas, pois é um filme tocante, com um roteiro rico, belas atuações e (pasmem) uma direção de estreia.

    Chris Kelly já é reconhecido na televisão como um roteirista bom, recebeu várias indicações ao Emmy e ao sindicato de roteiristas pelo seu trabalho em Saturday Night Live e em sua estreia na direção de longas metragens já pode ser considerada ótima, pois em The Other People ele realiza um ótimo trabalho como roteirista e como diretor.

    O filme tem um ritmo ótimo, logo na introdução já temos um spoiler imenso do final do filme, o que me deixou incomodado, mas mesmo que mesmo previsível, não decepciona. O roteiro de Chris Kelly é um primor, ele rende bons diálogos entre os personagens, além de lidar com vários problemas da nossa sociedade atual sem perder o foco na história e sempre desenvolvendo muito bem seus personagens.

    O elenco é o ponto forte do filme junto com o roteiro. Jesse Plemons faz um trabalho inacreditável, o personagem dele têm várias nuances e várias camadas, ele vai muito bem no humor e quando chegam as cenas mais dramáticas ele é ainda melhor, a sua carga dramática é intensa e ele consegue ir do melancólico ao choro desesperado sem nenhuma dificuldade. Uma performance digna de pelo menos receber indicação ao Oscar. Molly Shannon também brilha em cena, que atriz incrível, aos poucos ela vai ficando debilitada e ela consegue trabalhar muito bem a parte física de sua personagem, além de ter bons diálogos cômicos e dramáticos, com densidade quando se trata do câncer e com leveza e humor para lidar com as pessoas. Molly cresce no terceiro ato e tem uma cena dramática de cortar o coração. Ela e o Jesse foram indicados nas categorias de atuação no Independent Spirit Awards e fizeram por merecer. O restante do elenco de apoio cumpre bem os seus papéis.

    Other People é um filme tocante, cheio de nuances, que vai ao drama mais denso e ao cômico naturalmente, sem dúvida nenhuma uma das relíquias que o cinema independente americano pode nos oferecer.
    Diego Jorge
    Diego Jorge

    9 seguidores 88 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 6 de março de 2023
    Incrível! O filme é muito especial, apresenta um elenco que se encontra a trama e entrega atuações impecáveis. Além disso, o enredo toca em vários aspectos sensíveis e, ao mesmo tempo, comum de uma vida em família! De fazer chorar!
    Andiroba da Amazônia
    Andiroba da Amazônia

    5 seguidores 47 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 28 de setembro de 2020
    Com uma história intimista, em que um rapaz recém saído do armário conta sua visão sobre os 12 últimos meses de vida de sua mãe que foi desenganada pelos médicos devido a um câncer de difícil tratamento e sem cura. O filme mistura os dois temas complexos e pesados sobre morte assistida e homossexualismo, além de fornecer um toque de realidade pois o personagem central é escritor e tenta emplacar um roteiro na TV, sobre uma série (talvez A cidade das Minas). Em determinado momento o filme se arrasta e tende a um drama mais chatinho, fazendo com que o expectador se sinta enganado em relação ao tom bem humorado que se sustenta em toda primeira metade do roteiro. Destaque para a atriz que representa a mãe, que deixou o Satuday Night Live em 2010, Molly Shannon, que mesmo com idade avançada e com câncer, ainda consegue falar, cantar, dançar, paquerar alguém e divertir quem assiste. Direção experimentada e que precisava abusar um pouco mais do elenco que é de primeira.
    Diana R.
    Diana R.

    3 seguidores 3 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 1 de janeiro de 2017
    Coincidentemente este é o segundo filme que assisti nesta semana cujo protagonista é gay. Mas este não é um filme sobre gays e talvez por isso já começa ganhando um ponto.

    O tema central é a luta de uma família que está perdendo a mãe para o câncer, as mágoas, cumplicidade e situações mal resolvidas comuns em qualquer família mas que aqui ficam evidentes pela luta diária ao ver a mãe despedindo-se da vida aos poucos.

    Longe de ser um dramalhão, o filme é tocante e realista, engraçado e trágico em alguns momentos. É filme pra assistir sem pressa, saboreando cada cena.

    Mas o que me chama atenção é como o cinema americano e europeu estão muito a frente quando insere a temática ao contar uma boa história: lá os gays são mostrados como pessoas normais que são, com defeitos, qualidades, fracassos, contas a pagar, frustrações amorosas, as vezes complexas ou ordinariamente comuns, como eu e você. O gay não é o centro das atenções, ele está realmente inserido no contexto, seja qual for. E isso é inclusão.

    Nas produções brasileiras que vem arrecadando milhões o gay ainda é estereotipado como o Crô ou Felix, a bicha má, vingativa, sarcástica ou cômica, como se não houvesse ali nenhum outro conteúdo possível.

    Tenho medo que os gays fiquem presos em nosso cinema e novelas como ficaram os gordos, há décadas sempre oscilando entre o engraçado ou bonzinho.

    Mesmo com tanto dinheiro e sendo referência mundial em teledramaturgia ainda precisamos melhorar muito se quisermos realmente evoluir na questão da diversidade.
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