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Bruno Campos
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262 críticas
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4,5
Enviada em 30 de outubro de 2016
Ótimo. Um rapaz vive com sua mãe, q eternamente nega revelar o nome e paradeiro do pai dele. Até q, fuçando nas coisas da mãe, descobre uma carta q o leva a um frio e pedante dono de uma editora (o brilhante Mathieu Amalric). A partir daí, os personagens vão esbarrando em novos arranjos relacionais. Excelentes atuações, direção precisa, bem para além do roteiro em discussão.
A tela em que se projeta um filme é bidimensional. Portanto, apesar da enxurrada de efeitos visuais e sonoros, câmeras em HD que apresentam uma imagem estranha à nossa visão e programas de computadores tentando transformar a sétima arte em um mero vídeo game, o cinema é bidimensional. "O Filho de Joseph" parece uma exibição de fotografias, com os personagens quase sempre frontais, estáticos e observando diretamente a lente e, consequentemente, o espectador. Subversão pura, começando pela iconoclastia do diretor, pela construção quase teatral em que o texto suplanta a própria imagem e pela exposição da superficialidade hipócrita da alta sociedade entre muitas outras ironias. É extremamente gratificante constatar que ainda se pode encontrar lapsos de criatividade e inovação, bastando para isso se expor às oportunidades que surgem no caminho, onde nem sempre haverá uma pedra.
A tela em que se projeta um filme é bidimensional. Portanto, apesar da enxurrada de efeitos visuais e sonoros, câmeras em HD que apresentam uma imagem estranha à nossa visão e programas de computadores tentando transformar a sétima arte em um mero vídeo game, o cinema é bidimensional. "O Filho de Joseph" parece uma exibição de fotografias, com os personagens quase sempre frontais, estáticos e observando diretamente a lente e, consequentemente, o espectador. Subversão pura, começando pela iconoclastia do diretor, pela construção quase teatral em que o texto suplanta a própria imagem e pela exposição da superficialidade hipócrita da alta sociedade entre muitas outras ironias. É extremamente gratificante constatar que ainda se pode encontrar lapsos de criatividade e inovação, bastando para isso se expor às oportunidades que surgem no caminho, onde nem sempre haverá uma pedra.
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