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    Freak Show
    Média
    3,5
    9 notas
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    3 Críticas do usuário

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    Rodrigo Gomes
    Rodrigo Gomes

    5.639 seguidores 857 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 4 de fevereiro de 2018
    Excelente roteiro! A transgressão ao preconceito e intolerância, em busca de ser quem você é dentro de sua originalidade e autenticidade. Não é apenas sobre respeito, mas ainda sobre se entender e aceitar. A felicidade é a liberdade do seu princípio natural. Ótimos figurinos e maquiagem usados pelo protagonista e uma trilha sonora generosa. Um hino aos excluídos e diferentes.
    Leonardo G. Wild
    Leonardo G. Wild

    6 seguidores 43 críticas Seguir usuário

    2,0
    Enviada em 23 de novembro de 2019
    Três versões de filme - O langa se organiza em três tempos estranhos. Abre ao ponto de te contar uma premissa, alguns personagens legais e outros bem esteriotipo - Depois tem uma longa perda de horizonte, onde a história passa a ser um romance semi gay. - No terceiro ato o filme passa a ser sobre o concurso de rainha do baile e aceitar as diferenças.
    O filme seria muito bom se tivessem usado o que construíram na primeira meia hora e a expandido. Mas ele se perde, toma um rumo que não parece conversar direito com o que foi apresentado. Os personagens que estavam legais, passam a se perderem também e assim a coisa desanda.
    Seriam três filmes, cada qual para um público. E mesmo os atores bons não se sustentam, porque em muito tem falas desconexas. Uma pena pois adoro o ator principal
    Lucas Rodrigues
    Lucas Rodrigues

    42 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 23 de setembro de 2024
    O filme Freak Show (2017), dirigido por Trudie Styler e protagonizado por Alex Lawther, aborda a história de Billy Bloom, um adolescente queer que enfrenta os desafios de ser diferente em uma escola conservadora. Baseado no romance homônimo de James St. James, o filme transita entre o drama e a comédia, utilizando uma estética chamativa e performances envolventes para discutir temas de identidade, preconceito e autoaceitação. No entanto, apesar de suas boas intenções e momentos de destaque, o longa falha em aprofundar algumas das questões mais complexas que aborda, resultando em uma narrativa que, por vezes, se apoia demais em clichês e soluções simplistas.

    Billy Bloom é um protagonista que exala carisma e excentricidade. Interpretado por Alex Lawther com uma combinação de humor, vulnerabilidade e ousadia, Billy desafia as convenções sociais e busca afirmação em um ambiente escolar que não o aceita. Desde o início do filme, fica claro que sua presença na escola será marcada por confrontos com a norma, já que Billy se recusa a conformar-se com os padrões de gênero tradicionais. Ao mesmo tempo, o filme explora a relação conturbada de Billy com o pai, um homem autoritário e distante, e sua conexão afetiva com Flossie, a babá que representa uma figura materna amorosa e compreensiva.

    A força do filme reside, em grande parte, na performance de Lawther, que consegue transformar Billy em um personagem multifacetado. O protagonista não é apenas uma vítima do preconceito, mas também alguém que utiliza sua individualidade como uma forma de resistência. Suas roupas extravagantes e maquiagens ousadas simbolizam mais do que uma simples rebeldia adolescente; elas são uma expressão de sua verdadeira identidade. No entanto, o filme se esforça para equilibrar o tom cômico com as nuances dramáticas que a história exige. Em alguns momentos, a narrativa tende a subestimar o impacto emocional dos desafios enfrentados por Billy, focando mais na estética e no humor do que no desenvolvimento profundo de seu arco.

    A trama principal gira em torno da decisão de Billy de concorrer ao título de "Rei ou Rainha" do baile de formatura, uma competição tradicionalmente marcada por padrões de gênero rígidos. Esse conflito serve como pano de fundo para uma crítica à intolerância e ao conservadorismo, não apenas da escola, mas também da sociedade em geral. No entanto, embora a premissa seja promissora, o roteiro acaba optando por soluções previsíveis, com pouco espaço para um debate mais aprofundado sobre as dificuldades reais enfrentadas por jovens queer em contextos opressivos. A resolução do conflito de Billy com seus colegas, por exemplo, se dá de maneira rápida e pouco convincente, o que enfraquece o impacto do filme.

    A direção de Trudie Styler, em sua estreia no cinema, é visualmente criativa e ambiciosa. O uso de cores vibrantes, figurinos excêntricos e trilha sonora marcante contribui para a atmosfera lúdica e quase surreal do filme. No entanto, essa estética, embora envolvente, não consegue compensar os problemas estruturais da narrativa. Styler parece mais preocupada em criar uma ode à extravagância de Billy do que em explorar de maneira crítica os aspectos mais sombrios da sua jornada. O resultado é um filme que, apesar de divertido e emocionante em alguns momentos, carece de profundidade em outros.

    Os personagens secundários, interpretados por Ian Nelson (Mark "Flip" Kelly) e AnnaSophia Robb (Mary "Blá Blá Blá" Jane), também carecem de um desenvolvimento mais detalhado. Flip, o atleta popular que eventualmente se aproxima de Billy, representa um arco de redenção previsível, enquanto Mary Jane é relegada a uma função quase decorativa na trama. Embora suas interações com Billy proporcionem momentos leves e divertidos, ambos os personagens são retratados de forma superficial, o que limita o impacto de suas contribuições para a história.

    Um dos principais méritos de Freak Show é a mensagem de autoaceitação e a celebração da individualidade que permeia o filme. Em uma era em que questões de identidade de gênero e diversidade sexual estão cada vez mais em pauta, o filme oferece uma representação positiva e vibrante de um protagonista queer. No entanto, ao evitar confrontar de maneira mais direta as dificuldades reais enfrentadas por jovens LGBTQIA+ em ambientes hostis, Freak Show acaba passando uma visão um tanto idealizada e simplista de sua história.

    Em conclusão, Freak Show é um filme que se destaca por suas boas intenções, pela performance carismática de Alex Lawther e por sua estética exuberante. No entanto, sua abordagem superficial de temas profundos e a dependência em clichês narrativos impedem que a obra alcance todo o seu potencial. É uma produção que entretém e emociona em certos momentos, mas que poderia ter sido mais impactante se tivesse se aprofundado mais nas complexidades da experiência queer em um ambiente conservador. Para alguns espectadores, o filme pode ser uma celebração inspiradora da individualidade; para outros, pode parecer uma oportunidade perdida de explorar questões importantes com mais seriedade e sensibilidade.
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