Quantas vezes somos enganados pelo nosso coração? Ele, que nos faz perder a razão e se entregar de paixão a certa emoção, que mais tarde, prova ser apenas mais uma desilusão! E tomado pela sensação, ao ver o pôster deste filme, o escolhi por empolgação e após assisti-lo, veio a negação e digo, fui engolido pela enganação. Que coisa RUIM isso aqui, av marys..... Com um sinopse razoável (nada que já não tenha sido mostrado), o diretor e roteirista Paul Vecchiali (por mim, desconhecido) além de atuar (ele é o pai de um dos protagonistas), ele começa muito bem seu enredo, com uma apresentação inteligente de seu elenco (assim como o cast), uma tese interessante (eu que tive tal impressão) que todo amor termina em sangue, seja físico ou emocional, boa sacada em como a mãe da conselhos à filha e que ideia sensacional do primeiro dialogo de um casal, que mostra primeiro uma visão e logo em seguida, outra, como se fosse a versão de cada um narrando o que aconteceu. Então, se me impressionei, por que relatei que me enganei? Ora bolas, de resto, é muito chato, sem nexo em vários momentos, furos no roteiro com falhas bobas (na cena de sexo, até é lembrado de puxar o zíper e de se levantar a saia, mas e a calcinha nitidamente vista pelo vestido?!!!?). E como podem ver no trailer (que é tão preguiçoso quanto o enredo), que coadjuvantes são esses????? O pessoal que faz a propaganda da Casas Bahia, ou da pegadinha do Silvio Santos, atua melhor que estes. Outro detalhe: ganha um prêmio para quem achar a banda! Menos mal se neste momento, for apenas da perspectiva da personagem feminina, que nos mostra o que ela quer, como se estivesse contando o que aconteceu e como apenas os cantores são irrelevantes em um conto..... Atores mal escalados ou desanimados ou amadores (você decide!), erros de figurino, trilha sonora uma hora boa e outra não e até certa cena que, propositalmente ou não, eles brincam com a produção quando uma personagem entra em cena e o outro diz: "e essa, quem é?", mostra como a direção estava perdida. Se o intuito era mostrar como o foco no trabalho por uma vida mais confortável em um relacionamento pode ser a ruína do mesmo e também como a fama pode ser vazia e sem emoção, fui tudo para o lixo, pois não vi a hora de acabar de tão monótono. Desta vez, este filme francês, não me teve com freguês e, entre tal película e Zezé Di Camargo & Luciano, prefiro cantarolar: "é o amor, que mexe com minha cabeça e me deixa assim....."...