ANNABELLE 2 - A CRIAÇÃO DO MAL (Annabelle: Creation
Apesar do nome dado ao filme no Brasil, ANNABELLE 2 (uma lógica, visto que este é o segundo longa da boneca), este segundo filme funciona como um prelúdio, contando o início da criação de ANNABELLE e como ela se transformou na fonte de poderes malignos.
O longa é um Spin-off de Invocação do Mal, sendo que o primeiro filme da boneca foi apresentado em 2014. Agora, dirigido por David F. Sandberg (do bom filme Lights Out), somos confrontados mais uma vez com a história de ANNABELLE. Se lá em 2014 assistimos ao filme da boneca tirado do longa de James wan sem detalhes do seu surgimento, agora temos o início de sua história e sua aparição.
Annabelle: Creation, assim como o primeiro, bebe da fonte de todos os filmes de terror moderno. O filme é recheado dos clichês que já estamos acostumados, como os famosos jumpscare, portas se fechando sozinhas, vultos em espelhos, assombrações, demônios, tudo que um filme de terror pipoca tem direito. Apesar de achar que ultimamente tem se tornado cada vez mais difícil construir um terror fugindo desses clichês. Porque, quando as pessoas vão ao cinema assistir um filme de terror e suspense, já vão esperando se assustar com os famosos pulinhos da cadeira (um exemplo foi a sessão que eu estava, com duas garotas ao lado que se assustava até com o olhar parado de ANNABELLE). Então, fica difícil agradar à todos sem entregar um longa com esses recheios (um exemplo foi o ótimo filme A Bruxa / 2015).
Particularmente, eu gosto do gênero terror no cinema (assim como já havia gostado do primeiro ANNABELLE e Invocação do Mal 1 e 2). Annabelle: Creation conseguiu me agradar e conseguiu prender minha atenção. Gary Dauberman entrega um roteiro bem feijão com arroz, totalmente simples, mas funcional (principalmente com as ligações finais). Onde conta a criação de ANNABELLE partindo de um habilidoso artesão de bonecas, que junto com sua esposa, passaram pela trágica morte da filha. Após os acontecimentos, o casal decide acolher em sua casa jovens e crianças de um orfanato (talvez para preencher o espaço deixado pela filha).
Como já destaquei, o longa é cheio de todos os clichês do gênero, mas não foi uma coisa que me incomodou, consegui aceitar numa boa, até porque, compreendo o real propósito do filme. Achei o filme bem construído, bem trabalhado, apresentando um início coeso e um final bem justificável. Mesmo tendo a casa como único cenário do longa, achei a ambientação muito boa, o clima tenso e pesado de suspense misturado com terror foi bem dosado nos momentos certos. A fotografia cinzenta e empoeirada também foi um destaque. A trilha sonora de Benjamin Wallfisch é bem simples, mas funciona nos momentos que antecedem o pânico, com entradas bem suaves que vai aumentando com a medida que se aproxima tal cena (uma trilha sonora bem comum no gênero terror). Gostei das referências ao Invocação do Mal, talvez, uma coisa que não me agrade nesses tipos de filmes são as aparições dos demônios em figuras bizarras (com chifres e tal), às vezes me parecem mais engraçados do que assustadores, mas é uma clara assinatura de James Wan, que também está presente na produção.
As atrizes mirins sempre são destaques nos filmes de terror, e em Annabelle: Creation não poderia ser diferente. Gostei bastante da pequena Talitha Bateman, que interpretou a garotinha de muletas Janice. Ela protagonizou grande parte da história e esteve muito bem em cena. Assim como também esteve bem a pequena Lulu Wilson, que deu vida a personagem Linda. Amigas inseparáveis, Janice e Linda tiveram maior espaço na trama e conseguiram desenvolver muito bem, muito carismáticas, elas deram um show. Gostei do casal Mullins, interpretado por Miranda Otto e Anthony LaPaglia. Com uma postura enigmática e curiosa, eles contribuíram bem para a história de ANNABELLE.
Portanto, Annabelle: Creation é um bom filme, com pontos positivos e negativos, o segundo longa da linda boneca conseguiu me agradar. Sem esquecer das duas cenas pós-créditos no maior estilo Marvel.
Eu sempre quis comprar uma réplica da Annabelle pra guardar de recordação....rsrsrsrsrs
Gostei muito do final quando mostrou a verdadeira Annabelle, uma simples boneca de pano que inspirou o longa. Gostei mais ainda da ligação do primeiro filme de Annabelle com esse segundo, onde amarra direitinho a história vivida por Mia e John. Quando apresentou a cena dos vizinhos sendo mortos misteriosamente por uma mulher, agora, fazendo todo sentido, visto que a mulher era a criança Janice que foi adotada, sendo a própria Annabelle, até com o mesmo nome da boneca.