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E de repente neste fim de semana prolongado pude colocar em dia minha lista de filmes “quero ver”, no caso um que estava procrastinando há meses chamado Okja, original Netflix. Eu imaginava que por trás da obra havia algumas mensagens subentendidas de algum movimento pró animal, e quando tem algo do tipo seja qual for o movimento já torço o nariz para a imparcialidade. E mesmo assim, se você também pensou como eu tire o cavalo da chuva e assista. Se quer saber o porquê confiram a “rezenha” crítica de Okja.
A obra trata da empresa Mirando, que comercializa carnes e cria o projeto de super porcos transgênicos. Para que essa imagem seja discretamente convertida para algo orgânico, enviam por 10 anos estes super porcos a pequenos fazendeiros espalhados pelo mundo, um destes é o avô de Mija.
A jovem garota cria afeto por Okja, nome dado ao super porco. Porém após 10 anos a empresa a recolhe da fazenda contra a vontade de Mija, então a premissa é criada.
Um elenco sensacional começando pelos antagonistas Tilda Swinton e Jake Gyllenhaal, caricatos mas sem tornar-se bizarro, pelo contrário dão raiva em quem está assistindo. A atriz mirim que interpreta Mija também está sensacional, faz você fica a todo momento tenso e torcendo por ela.
O que incomodou é novamente a preguiça da produção em fazer algo real, por exemplo, a Okja poderia ter sido fabricada uma fantasia para que fosse utilizada por atores e não captação de movimentos, por mais que seus movimentos em algumas cenas seriam limitados ainda sim deixaria o filme mais emocionante e perto da perfeição, tudo que um filme que conta com um animal “fantástico” exige, exemplos não faltam como não canso de citar: Labirinto do Fauno, Labirinto a Magia do Tempo e História sem Fim, fora muitos outros bons exemplos.
Fora esse detalhe de um cinéfilo exigente, vale a pena cada minuto da obra, emociona, te deixa tenso, arranca algumas risadas, tudo em nome do bom entretenimento.
A crítica ao modo como os animais são tratados para alimentar o mundo está lá de forma ferrenha. Engana aos desinformados (que não leem sinopse) achando que é um filme infantil sobre amizade. O desenvolvimento da história em paralelo a esta crítica soam sem forçar e fazendo você repensar muita coisa.
Logicamente não fará eu parar de comer carne, mas o objetivo da obra foi concluído com sucesso, trazendo à tona no mínimo uma reflexão de não apenas como os porcos são tratados, mas os demais animais num todo (bois, frangos, etc) e este sistema inescrupuloso de produção que permeia pelo mundo sem respeito algum a eles, bem ao estilo nascido para morrer, onde em muitos casos nem ver a luz do sol conseguem.
Minha nota é 4/5.