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    Nise - O Coração da Loucura
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    4,3
    342 notas
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    33 Críticas do usuário

    5
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    Alevir F.
    Alevir F.

    3 críticas Seguir usuário

    2,0
    Enviada em 19 de junho de 2016
    O filme não é ruim, mas ignora a grande obra de Nise da Silveira e sua importância para a psiquiatria no mundo. Tem livro prefaciado por Jung. Ela levou as obras dos pacientes-artista para várias partes do mundo. Escreveu a única biografia autorizada de Carl Jung e o filme minimiza sua importância para a psiquiatria mundial, imperdoável! Se não há tempo para contar tudo, poderia ter feito um overview no final contando os feitos de Nise da Silveira. Essa mulher cultíssima que desafiou as mentes medíocres de muitos homens machistas no Brasil.
    Paulo A.
    Paulo A.

    19 seguidores 13 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 3 de maio de 2016
    NISE, GLÓRIA PIRES, ROBERTO BERLINER: PARABÉNS!
    O filme é um documento soberbo de um tempo, de combate à apologias "científicas" que promoveram verdadeiros extermínios de seres humanos. Verdadeiros genocídios. O filme é um importante libelo para essa brasileira, reconhecida internacionalmente, responsável pelas mudanças nas terapias para os "loucos", como sempre foram pejorativamente e equivocadamente chamados os "clientes" como ela defendia em seu trabalho no hospital. É também documento de uma biografia de um ser humano que presa por suas convicções políticas e filiações partidárias, era dita "comunista", mas que ao sair da prisão, das possíveis privações, torturas físicas e psicológicas da ditadura do Estado Novo, voltou à ativa sem ódio, sem ressentimentos e foi cuidar de seus clientes. Ah, mas é mais que isso, é a soberba demonstração de como a arte e a terapia ocupacional são poderosas ferramentas para incluir, para incorporar, para "curar", sem a violência da fria ciência lastreada pelas máquinas de morte criadas pela tecnologia. É também, uma poderosa denúncia, de tempos não tão distantes, de práticas ainda reconhecidas nos dias atuais.
    No campo da arte cinematográfica o filme é belo, forte, sem se recorrer às facilidades das cenas agressivas, escatológicas e da apologia da denúncia contra a violência. Não precisa. No limite do tolerável, traz o que é fundamental. A emoção e a reflexão sobre os diversos lados dos tratamentos preconizados para os infelizes atormentados da mente. Traz um soberbo, correto, no limite de uma interpretação que não promove o histriônico, sem, contudo ser fria e técnica ao extremo. Gloria Pires, mais uma vez coloca o seu ofício a serviço da arte, a serviço do conteúdo, a serviço de mostrar o personagem que é a maior e melhor coisa de tudo o que se mostra.
    E, ainda no campo do filme, somos brindados ao final, surpreendidos positivamente com cenas documentais da própria Nise da Silveira. Isso é como podemos dizer, uma fortuna crítica. Não conheço o diretor, vou pesquisar, saber de outros trabalhos. Confesso ignorância. Mas a direção é soberba. As cenas nas salas e páteos com os "loucos" soltos são de difícil elaboração, mesmo com atores profissionais, que emprestam seu corpo, corações e mentes para desempenhar os verdadeiros clientes.
    O roteiro se prende ao essencial, não precisamos saber muito mais sobre o passado da doutora. Apenas que quando ela chega ao hospital e vigorosamente bate da porta de aço, um muro de aço que esconde nas masmorras do hospital as diatribes medicinais que ali se cometiam, já entendemos que aquela mulher está voltando, para realizar um trabalho que foi interrompido. A política, sempre a política infelicitando, obstaculizando, quando a sua missão na verdade é justamente o contrário. Ajudar pessoas, mas nem sempre é assim. Vejam como utilizam a política hoje, no mundo, e em particular em nosso País!
    É um filme, não apenas para doutores da loucura, não apenas para iniciados estudantes da mente, mas para cada um dos seres humanos que sabemos, todos temos um pouco de loucura em nossas atormentadas vidas! Bravos! Parabéns! Paulo Antunes (E-mail: pauloantunes@uol.com.br )
    Adriano Côrtes Santos
    Adriano Côrtes Santos

    708 seguidores 351 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 5 de março de 2019
    Nise — O Coração da Loucura, filme de 2016 dirigido por Roberto Berliner é a cinebiografia da psiquiatra Nise da Silveira, e todas as possibilidades que a tornaram o turbilhão revolucionário do tratamento mental no Brasil, com repercussões pelo mundo. Alagoana, nascida em Maceió, em 1905, uma das mulheres mais importantes do século XX que conceituou a arteterapia como catarse psíquica dos doentes mentais. Nise foi presa pelo Estado Novo de Getúlio Vargas, nos 18 meses de reclusão, dividiu a cela com a militante Olga Benário e manteve contato com o escritor Graciliano Ramos, que faria relatos sobre a médica em seu famoso livro Memórias do Cárcere. Depois de liberta em 1944, retorna ao trabalho no Hospital Psiquiátrico Pedro II, Engenho de Dentro, no subúrbio do Rio de Janeiro. Encarregada da área de terapia ocupacional, desprezada na época e comandada por serventes, Nise reorganiza o ambiente iniciando um longo processo de transformações naquele setor. Implanta paulatinamente uma nova forma de tratamento com os pacientes psicóticos, submetidos até então à barbaridade da lobotomia e eletrochoque. O jovem funcionário Almir, interessado por belas-artes, propõem a Nise o início de um ateliê de pintura, que se expande para outras propostas artísticas. Aos poucos o contato com essa nova forma de expressão acalma os internos que exteriorizam seus traumas e mazelas interiores através de mandalas em um desenvolvimento lento, e catártico. Filme rodado no próprio hospital que Nise trabalhou, o que dá mais veracidade ao longa. Glória Pires interpreta Nise da Silveirta, além dela o filme conta com Fabrício Boliveira, aqui em um trabalho excepcional, Roberta Rodrigues e Zé Carlos Machado. O diretor e documentarista Roberto Berliner é bastante realista, mostrando sem pudores a degradação, a sujeira, a precariedade inicial, os corpos nus e uma cena de sexo entre um casal de internos inserida com bastante naturalidade, sem subterfúgios. Bela fotografia, atores coadjuvantes contracenando com vivacidade, e Glória Pires em um momento brilhante de sua carreira. Falha somente no roteiro pouco explorado em relação a Nise da Silveira e sua trajetória até ali. Nota máxima por evidenciar a monumental psiquiatra alagoana, marco na revolução da medicina mental no Brasil. “Não se curem além da conta. Gente curada demais é gente chata. Todo mundo tem um pouco de loucura. Vou lhes fazer um pedido: Vivam a imaginação, pois, ela é a nossa realidade mais profunda. Felizmente, eu nunca convivi com pessoas ajuizadas” (Nise da Silveira).
    Gabriel P.
    Gabriel P.

    1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 26 de abril de 2016
    fantástico! Somente o amor educa os seres humanos!
    Não tem nem como falar da atuação dos atores: impressionante!
    AndréIsaque
    AndréIsaque

    15 seguidores 62 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 15 de maio de 2016
    Nise da Silveira, revolucionou no tratamento de pacientes com esquizofrenia, contrária ao método do eletrochoque e lobotomia, utilizado no mundo inteiro e ganhador do prêmio Nobel, inova ao permitir a liberdade de seus clientes e não pacientes, todos apresentam melhoras significativas através de manifestações culturais e artísticas, expressam os sentimentos e produzem verdadeiras obras de arte, sem conhecerem nenhuma técnica de pintura ou estudo. Superando o preconceito por partes de seus colegas de trabalho e as péssimas condições do hospital, e com muita luta e dedicação, o trabalho da doutora é reconhecido por especialistas da arte e vai à a exposição para todos admirarem. O filme faz justa homenagem a uma das MAIORES brasileiras de TODOS OS TEMPOS. É UM ESPETÁCULO DO CINEMA BRASILEIRO !!!
    Nelson J
    Nelson J

    48.000 seguidores 1.697 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 16 de setembro de 2016
    Filme importante no sentido de sensibilização para o outro, mesmo em estado psicótico, demonstrando que é capaz de criar e de melhorar através da arte e do tratamento digno. Mostra a luta para superar a institucionalização dos doentes mentais submetidos a choques e lobotomia. Filme peca no aspecto técnico, pois os psiquiatras não eram necessariamente sádicos, mas utilizavam os tratamentos técnicos disponíveis e testados. Nise, consegue melhorar a cognição dos clientes, como os chama e que parece bastante adequado, mas o filme omite que os clientes recebem tratamento medicamentoso e parece que tudo se resolve com os aspectos humanitários, lúdicos e artísticos, o que não é verdade.
    Bader
    Bader

    10 seguidores 64 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 23 de abril de 2016
    O filme constitui uma excelente obra cinematográfica, pelo exímio trabalho de caracterização dos personagens e pela carga dramática. Mas assume ainda maior relevância por tratar-se de episódios reais, da luta de uma mulher inovadora buscando novas terapias para a abordagem da "loucura".
    Elvira A.
    Elvira A.

    905 seguidores 266 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 28 de julho de 2017
    Um filme que emociona e faz refletir sobre o inconsciente dos doentes mentais, especialmente dos esquizofrênicos. A psiquiatra Nise da Silveira revolucionou os métodos de tratamento da doença, até então empregados, que se restringiam aos eletrochoques e à lobotomia. Ela começou seu trabalho em Engenho de Dentro (RJ) em 1944, preferindo chamar os doentes de "clientes", porque achava que o termo "pacientes" deveria ser aplicado a quem cuidava deles. Deixando-os livres, respeitando sua individualidade, tentando entender o porquê da agressividade de alguns, Nise enfrentou a descrença dos psiquiatras reacionários. A terapia da pintura, aliada à música, fez aflorar inúmeros talentos e entrou para a história. A exposição dos quadros, organizada pelo crítico de Arte, Mário Pedroza, surpreendeu a todos. Gostei especialmente de uma frase dita por Nise a um colega: "Eu uso o pincel, e você usa um picador". Algumas cenas marcantes foram ao do primeiro passeio ao ar livre, a quadrilha, o amor transmitido na relação entre os clientes e os animais. A própria Nise tinha dois gatos. Muito boa a ideia de, ao final do filme, mostrar imagens da verdadeira Nise da Silveira e dos seus clientes. Fantástica atuação de Glória Pires, muito sóbvtia e discreta, e do elenco. Recomendo assistir com atenção e emoção.
    Kamila A.
    Kamila A.

    7.552 seguidores 806 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 9 de maio de 2017
    Para tentar compreender o caminho percorrido pela médica psiquiatra Nise da Silveira, é necessário entendermos a pessoa que ela foi. Militante do Partido Comunista Brasileiro, passou 18 meses presa, durante a Intentona Comunista, após ser denunciada pela posse de livros marxistas. Depois de ser libertada, por razões políticas, viveu oito anos no exílio, ao lado do marido, o sanitarista Mário Magalhães da Silveira, ao mesmo tempo em que foi obrigada também a se afastar do serviço público.

    O filme Nise: O Coração da Loucura, dirigido e co-escrito por Roberto Berliner, acompanha o momento em que Nise da Silveira (Glória Pires) retorna do exílio e volta ao serviço público com o trabalho desenvolvido no Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II, localizado no bairro de Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro. Quando Nise retorna ao trabalho, a realidade que ela encontra é completamente diferente da que ela conhecia, na medida em que se tem a popularização de técnicas agressivas aos pacientes, como a lobotomia e o eletrochoque.

    O que Nise da Silveira oferecia aos seus clientes (ela se recusava a chamar os internos do Centro de pacientes) era a oportunidade de eles terem um tratamento mais humanizado. Por isso mesmo, foi perfeita a decisão do então diretor do Centro Psiquiátrico, Dr. Nelson (Zé Carlos Machado), de colocá-la à frente da Seção de Terapêutica Ocupacional - mesmo ele achando que estava, na realidade, punindo-a pelo fato de ela se recusar a praticar as novas técnicas com os internos. Foi ali que Nise desenvolveu uma técnica pioneira, criando ateliês de pintura e de escultura, nos quais os clientes portadores de esquizofrenia podiam entrar em contato, novamente, com suas realidades e encontravam uma maneira criativa de se expressar.

    A história de Nise da Silveira nos é retratada de uma maneira muito bonita pelo diretor Roberto Berliner. É tão bom ver relatos assim, de pessoas que acreditam no amor como uma maneira de transformação e de cura. Nise, ao tratar seus clientes como os seres humanos que eles eram, merecedores de confiança e de compaixão, pôde dá-los a oportunidade de se reconectar com o mundo em que eles estavam inseridos, com os laços que eles tiveram com pessoas amadas e com as lembranças que os tornaram os indivíduos que eles são; e que, um dia, eles perderam.
    Marcio A.
    Marcio A.

    157 seguidores 134 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 24 de julho de 2016
    Nise, é um filme de qualidades. Feito com simplicidade e com atuações interessantes, a garra de Gloria Pires impressiona muito, principalmente porquê não considero uma atriz versátil; mas confesso que este paradigma quebrou-se assim que a protagonista se coloca numa discussão na cena dos eletrochoques. E daí pra frente ela dá um show!!! Os planos muito bem explorados através do abandono, das más condições do âmbito e da simplória e incômoda fotografia, durante o decorrer da película são muito bem concatenados com a força da história e a entrega de todos os atores envolvidos. Emociona, edifica, provoca e ainda intima o espectador a uma insustentável reflexão, diante de uma mulher que ajudou a revolucionar o engessamento de idéias retrógradas que foram com o tempo confrontadas e ganhando força cronologicamente. Um pequeno grande filme que merece aplausos. Marcio Arruda
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