Borderlands: O Destino do Universo Está em Jogo : Críticas - Página 3

Este indubitavelmente figura entre os piores filmes de 2024. Os indícios negativos já se faziam presentes durante as mudanças criativas na produção, os trailers divulgados e a decisão de adaptar um jogo sem uma base sólida de fãs que pudesse impulsionar o interesse do público e da bilheteria.

O filme enfrenta uma série de falhas em sua execução. Mesmo as cenas de ação, embora visualmente atrativas, frequentemente pecam pela falta de ritmo, pela deficiente qualidade de CGI e pelo tom geralmente inadequado. Os constantes momentos em que os membros do elenco adotam poses exageradas ou proferem diálogos clichês são caricatos e excessivamente forçados.

A tentativa do filme em inserir momentos de comédia ou piadas também não obteve sucesso. Em nenhum instante durante a exibição de Borderlands fui instigado a rir. De fato, a produção não conseguiu evocar qualquer emoção em mim. Transmitir uma sensação de vazio é, sem dúvida, o pior resultado que um filme pode alcançar.

A escolha do elenco, composto por figuras amplamente reconhecidas, surpreende, especialmente considerando o resultado final. Cate Blanchett, embora faça o possível para sustentar o filme, se submete ao que o roteiro solicita: adotar um estilo caricato, lançar mão de diálogos clichês e posar de forma exagerada a todo momento. Em algumas cenas, era evidente o desconforto do elenco, chegando a roçar a sensação de constrangimento alheio.

É uma verdadeira lástima. Borderlands despertava grande expectativa como uma das adaptações de jogos mais aguardadas desde seu anúncio, porém, falha em cumprir suas promessas. Talvez consiga agradar os fãs do jogo, mas para aqueles que se aventuram sem conhecimento prévio desse universo, seria mais sensato manter uma distância segura.