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    O Nome da Rosa
    Média
    4,3
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    23 Críticas do usuário

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    Cadu Pereira
    Cadu Pereira

    7 seguidores 11 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 5 de março de 2014
    O texto abaixo possuí spoilers, não utilizei a ferramenta de spoilers para não prejudicar a resenha.

    A busca por conhecimento na Idade Média obrigatoriamente passava pela ordem cristã - especificamente pela Igreja Católica. Detentora de muitos livros, a instituição decidia a quais obras os monges teriam acesso e, dessa forma, ocultava aquelas que poderiam contrariar dogmas ou incentivá-los a buscar outras soluções racionais, já que, dessa forma, os religiosos poderiam deixar a fé em segundo plano. Parte desses “livros proibidos” se encontrava em bibliotecas secretas a que apenas um grupo seleto de monges (geralmente tradutores, ilustradores e pensadores) teria acesso para passar os textos do grego para o idioma da região. Alguns desses monges viviam enclausurados em monastérios, fazendo com que o conteúdo desses livros ficasse restrito à sua experiência pessoal e à igreja católica.
    Caso alguém ousasse romper essa regra de acesso ao “conteúdo proibido”, o resultado poderia ser a morte. É nesse ambiente da Idade Média que se passa a história escrita por Umberto Eco e levada ao cinema pelo diretor Jean-Jacques Annaud, que retrata uma série de mortes - em um primeiro momento, sem explicações - que assombram um mosteiro na Itália. Mosteiro esse, como dito pelo personagem Adson, cujo nome é convenientemente omitido.
    O personagem principal é William de Bakersville, interpretado por Sean Connery. William é um monge franciscano estudioso que busca solucionar com fatos racionais acontecimentos que muitas vezes são atribuídos a eventos sobrenaturais, geralmente manifestações demoníacas. Ele tem como aprendiz Adson von Melk (Christian Slater), um jovem que tem seu preparo e educação confiados a William.

    O filme, de 1986, utiliza de uma simples interpretação de signos para tornar o personagem de Sean Connery um perspicaz detetive, lembrando seus tempos de agente especial em outras películas, porém, com a castidade de um monge.

    Quando a dupla chega ao monastério, a primeira morte já havia ocorrido. O monge ilustrador Adelmo de Otranto tem seu corpo encontrado ao pé de uma torre, destroçado pela provável queda da janela mais alta. Ao encontrar pegadas, algumas claramente mais fundas que outras, já se conclui que não se tratava de uma pessoa mais pesada, como havia sido sugerido por seu pupilo, mas sim de alguém que estaria carregando um corpo em suas costas.

    O suspense que é criado em torno de alguns personagens entrega facilmente o que acontecerá durante as duas horas de filme. Isso fica claro minutos antes da segunda morte, com uma tomada fechada em um personagem que até então não havia aparecido - o tradutor negro Venâncio de Salvamec. Em seguida, ele é encontrado morto no chiqueiro. E isso acontece com todos os personagens-chaves da história. Durante a autópsia de Venâncio, William percebe que a ponta do indicador direito do morto está preta; acha estranho, mas segue com suas investigações para entender como as mortes estão acontecendo.

    Um ponto que foge da sistemática do filme e pode passar despercebido é uma discussão que William tem com o monge cego, Jorge de Burgos, referente a senso de humor e risadas. Na opinião do monge, risadas são inadmissíveis para monges já que o ato de rir, além de ser um uma heresia, causa deformidade no rosto da pessoa deixando-o semelhante ao de um macaco. William retruca com seus argumentos, alguns religiosos e outros nem tanto, mas mostra subordinação quando o monge mais velho coloca um ponto final no debate. Esta é a única cena que aponta para o verdadeiro assassino.

    Após a discussão, uma biblioteca secreta é encontrada pela dupla de investigadores. Nela, são encontrados vários livros que deixam William encantado com a oportunidade de colocar a mão em obras únicas - algumas dadas como perdidas. Agora, restava entender como as mortes estavam ligadas àquela biblioteca secreta.

    A terceira morte é a do assistente bibliotecário Berengário de Arudel. Encontrado morto em uma das banheiras, com o corpo coberto por plantas medicinais usadas para aliviar dores, ele tem a língua e a ponta do indicador da mão esquerda negras. Este é o signo final para William, o principal de toda a história, para que ele tenha certeza de que as mortes estão relacionadas à biblioteca a que poucos tinham acesso. Era necessário descobrir como chegar até ela, para que todo o mistério pudesse, enfim, ter uma explicação.

    Graças às provas colhidas e a suas andanças pelo prédio, William e seu pupilo encontraram a tal biblioteca repleta de livros que poderiam ameaçar a igreja e ir contra o que era pregado por Jorge de Burgos, o monge que não gostava de risos. Ele, então, entende que as pessoas morriam ao folhear um livro, já que, na época, era comum levar o dedo à língua para facilitar a virada de páginas e, consequentemente, sujar-se de tinta preta. Porém, faltava ainda descobrir qual livro era esse e o que havia em seu conteúdo para entender o motivo de tantos assassinatos.

    O monge que realizava as autópsias, Severino, avisa William que encontrou um livro em sua sala, atrás de um dos vasos. Ao chegar à sala de Severino, William o encontra morto, mas, ao recolher a luva que o monge usava, entende a mensagem que ele deseja transmitir. No dia seguinte, o monge bibliotecário Malaquias de Hidelsheim caí morto durante um culto no monastério. Rapidamente, a dupla corre para a biblioteca secreta e encontra o cego Jorge de Burgos, sentado com um livro em suas mãos. Jorge explica a William que esse é o livro proibido, II Livro da Poética de Aristóteles, que tratava do riso, assunto claramente odiado por Burgos, que considerava o riso uma afronta à fé.

    William folheia o livro, a pedido do velho monge cego, mas, obviamente, não morre, por estar usando a luva deixada por Severino. Quando Jorge de Burgos percebe que William não se envenenará com a tinta das páginas do livro, toma-o e corre com ele pela biblioteca. Nessa fuga, tromba com o noviço Adso que acaba, acidentalmente, jogando seu lampião contra os outros livros. No incêndio da biblioteca, Jorge de Burgos morre envenenado antes de ser tomado pela chamas, já que havia comido as páginas com o objetivo de acabar com o livro e sua menção ao riso. William consegue escapar do incêndio, seguindo os ratos, que são outro signo da história - já que, em um primeiro momento, ele havia os utilizado para chegar até a biblioteca e depois os seguiu para sair, assim como no incêndio. Levou consigo a maior quantidade de livros que pôde na tentativa de salvar o conhecimento que tanto lhe era prazeroso.

    A atuação de Sean Connery não é espetacular, mas cumpre a proposta do personagem, assim como a de Christian Slater, que faz bem o papel de apoio ao seu perspicaz mestre. Atuações de destaque ficam por conta de Feodor Chaliapin, como o velho cego Jorge de Burgos, e Ron Perlman, que viveu o perturbado e deformado monge Salvatore.

    O filme é simples de ser entendido, sendo tendencioso ao transparecer que a história se baseia em tentações carnais, quando, na verdade, o assassino queria impedir o acesso a um conteúdo que julgava nocivo para a igreja católica.

    A curiosidade fica por conta do nome do filme; pode parecer não ter relação com a história, mas a rosa, na Idade Média, era sinônimo de conhecimento, logo pode-se traçar o um paralelo entre a flor e o livro que tinha seu acesso proibido.
    marcelo
    marcelo

    178 seguidores 181 críticas Seguir usuário

    2,5
    Enviada em 9 de fevereiro de 2012
    É um suspense surpreendente no qual está a todo testando seus conhecimentos prévios sobre crimes e julgamentos de pessoas. No final quem eu menos esperava era o assassino. Por isso quando for assistir ao filme não deixe de prestar atencão nos detalhes, pois eles te darão a resposta mais cedo do você pensa."
    anônimo
    Um visitante
    5,0
    Enviada em 20 de maio de 2014
    Olá!
    O ano é 1327, Representantes da Ordem Franciscana e a Delegação Papal reúnem-se em monastério beneditino para uma conferência. Mas a missão deles é subitamente ofuscada por uma série de assassinatos. Utilizando sua brilhante capacidade de dedução, o monge franciscano: William de Baskerville (Sean Connery), auxiliado pelo noviço Adso de Melk (Christian Slater), empenha-se para desvendar o mistério. Antes que William (Connery) possa completar a investigação, porém, o monastério é visitado pelo seu desafeto, o inquisidor: Bernardo Gui (F. Murray Abraham). O poderoso inquisidor está determinado a erradicar a heresia por meio da tortura. Se William (Sean Connery), o caçador, persistir em sua busca, também se tornará caça!
    Esse filme é excelente, cheio de mistério, às vezes que eu o vi, não consegui tirar os olhos da tela! E ainda mais Sean Connery é um ator sensacional, eu o adoro, assim como Christian Slater, foi ótimo para esse filme também, enfim todo o elenco trabalhou muitíssimo bem!
    Eu aconselho à quando passar novamente O Nome da Rosa, você se ainda não o viu, assista, vai adorar, porquê é muito diferente!
    Abraços
    Jacqueline
    Jacqueline

    6 seguidores 51 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 8 de agosto de 2013
    É um filme bem sombrio.Não há quase cor.
    Mostra como a Igreja Católica era austera na época da Idade Média.
    Lucas S.
    Lucas S.

    276 seguidores 204 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 7 de março de 2016
    Boa Recomendação eu recebi para assistir a este filme. Eu assisti numa madrugada, naquele sono, e valeu a pena, adorei. Ótimo suspense, filme bem produzido. Um toque de sutileza no enredo, a questão da inquisição foi um tema bem desenvolvido nessa obra, a interpretação do Sean neste filme contribuiu e muito para o sucesso. Recomendo para quem gosta de bons filmes, clássicos e que contenham fatos históricos.
    Miguel Neto
    Miguel Neto

    71 seguidores 98 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 21 de julho de 2013
    Filme sombrio, cinza, como foi a idade média. Nosso James Bond se transforma no Sherlock Homes da igreja. Não sei como o diretor conseguiu juntar tanta gente feia no mesmo filme, mas o resultado é brilhante. O filme é um suspense muito bom ambientado num cenário super realista que nos causa asco e tristeza. A pobreza dos comuns contrasta com a riqueza da igreja, a ignorância é comum para ambas as partes, o único com bom senso é o nosso herói, o filme prende a atenção e vale a pena ser visto.
    Vinícius d
    Vinícius d

    493 seguidores 664 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 14 de maio de 2023
    Eu adoro ver a criatividade para inventarem novas zoações feitas em cima da igreja católica então nem irei entrar nos méritos filosóficos da obra que advém do escritor Umberto Eco. Sean Connery fez seu trabalho habitualmente muito bem, o retrato dos cenários medievais, sobretudo da biblioteca enriquecem com o quieto monge William. Realmente você embarca no mundo medieval da primeira metade do último milênio. Christian Slater fez uma atuação engraçadíssima através do inconsolado aprendiz franciscano a cada descoberta, o cenário do labirinto tem uma das melhores partes do filme. Nem Bertrand Gui escapa de ser "caricaturalmente" executado, o odiado membro da inquisição. O embate do filme principal é o livro secreto, uma das partes de um romance de Aristóteles traduzido, que deixa os monges malucos incomodados porque em resumo diz: ria até das piores situações, é um remédio para os problemas. A história vai por ai. Mas com certeza o filme enriquece pela presença de grandes atores: Ron Perlman (Hellboy), F. Murray Abraham, Sean Connery, Christian Slater que nos dão um bom suspense.
    Ricardo L.
    Ricardo L.

    59.453 seguidores 2.766 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 9 de abril de 2018
    Clássico e um dos melhores filmes dos anos 80 fácil fácil. Aqui temos o grande Sean Connery muito bem e merecia ter sido indicado, mas ... ainda temos F. Murray e Cristian Slater, os dois ótimos ou seja o elenco todo. Roteiro incrivelmente lindo e desenrolar impecável. ainda temos uma direção de arte maravilhosa, sendo ela uma das belas já produzidas para o cinema, na época não concorreu a nenhum óscar, hoje seria facilmente indicado no minimo a 12 óscar, nos principais concorreria para Filme, diretor, ator e ator coadjuvante, roteiro. O nome da Rosa é uma obra de arte das mais bela que o cinema já proporcionou.
    Joe Alvez E
    Joe Alvez E

    12 seguidores 24 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 1 de abril de 2014
    Espetacular é a palavra que me vem a cabeça quando lembro do filme O Nome Da Rosa. um dos melhores roteiros adaptados da história do cinema,Tarefa que sem duvidas não foi fácil devido as sutilezas e virtuosismos do romance do escritor italiano Humberto Eco. Trata se de um filme policial ambientado num mosteiro beneditino na idade média durante a santa inquisição. Sean Connery está impecável em sua atuação e as imagens dark noir registradas pelo diretor francês Jean-Jacques Annaud é de uma beleza impar vale rever sempre esse belíssimo filme.
    Mísia M.
    Mísia M.

    32 seguidores 79 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 15 de outubro de 2015
    Bom filme, vi faz tempo na escola, não lembro de muita coisa.
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