O casamento pode ser um "exorcismo dos demônios" de uma "vida de pecados" de um homem solteiro. Uma "purificação" da "danação". E também uma desculpa para o "último pecado" com os amigos e após cometê-lo, na teoria, virar um santo e se tornar um bom marido e, posteriormente, um pai herói. Assim, é totalmente compreensível ficar nervoso, ter medos e encher a cara, pois é sair do conforto de ser e fazer apenas o que quer para assumir um dos principais desafios desta vida a dois (porque não é fácil não, ainda mais nos tempos atuais). Com uma brilhante ideia de misturar esses sentimentos com possessão, que o falecido diretor/roteirista Marcin Wrona (um minuto de silêncio para ele, que morreu logo após a realização deste trabalho, com 42 anos de idade............................................................) surpreende com esta inovadora história sobre um domínio demoníaco. A começar pela Fotografia, que linda! E fora que é de total importância para o enredo. Se fosse apenas por ela, já era 10! O elenco também está muito bem, entrosados e com ótimas interpretações. Destaque para o casal protagonista Itay Tiran (o noivo) e Agnieszka Żulewska (a bela e "hot hot hot" noiva). A trama é inteligente, que deixa de lado os Efeitos Visuais do terror para trabalhar mais o suspense através da cinematografia, ao invés duma narrativa descritiva. E a cada momento de pavor, temos logo em seguida uma cena cômica, para aliviar a pressão e poupar corações. Fantástico! E vou confessar, se todo casamento polaco for que nem este, do qual a vodca é mais servida que água e cerveja juntos em comparação a um brasileiro, av marys, aja fígado e traições. Cada personagem é um elemento crucial para o filme: o pai que se preocupa com o status de sua família; o irmão que só quer saber de zoar; um rapaz (que não faço ideia de quem seja) que é obcecado pela esposa e não se importa de fazer o que for necessário para estar com ela; o casal de diferente cultura; o padre que não quer saber de problemas; o médico (hilário!) que acredita no que se pode explicar, do demais, é problema do padre; dos convidados que só querem festa, entre outros. A Trilha Sonora também agrada, sendo tenebrosa quando tem que ser e gostosa nas horas de divertir. O mais legal é que fica a critério do espectador o que está acontecendo: se existe mesmo um espírito que possui o rapaz ou se são efeitos das emoções misturadas com álcool, muito álcool (só de lembrar já fico bêbado) e sendo assim, o demônio do título, são as pessoas em volta dele. A única coisa que deveria dar uma "pincelada" é em seu desfecho que, para uns irão dizer que é "fodástico" e outros, que é uma bo$%@. Enfim, uma bom entretenimento para quem quer ver algo novo do gênero e que promete ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença ate que a morte (ou o sumiço) os separe...