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    Metrópolis
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    4,3
    144 notas
    Você assistiu Metrópolis ?

    12 Críticas do usuário

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    6 críticas
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    Roberto O.
    Roberto O.

    25 seguidores 59 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 31 de agosto de 2015
    Metropolis é a gênese da ficção científica. Se o curta-metragem Viagem À Lua de George Méliès (1902) é considerado o primeiro filme do gênero, a despeito de sua atmosfera muito mais lúdica e sua pouca preocupação com continuidade e proporção, foi Metropolis que estabeleceu conceitos a serem utilizados posteriormente, por incontáveis filmes que também se tornariam, a seu tempo, clássicos absolutos. A concepção visual deste longa alemão de 1927 constitui um valiosíssimo relicário de imagens, e uma das maiores fontes de inspiração da história do cinema, da qual beberam não apenas o gênero ficção científica, mas também a aventura, os filmes catástrofe e o terror, como veremos adiante. Contudo, não é apenas pelas imagens que Metropolis ganhou toda essa importância. Legítimo expoente do expressionismo alemão, e realizado em plena depressão pós I Guerra Mundial pela qual o país passava na época, esta obra distópica dirigida por Fritz Lang e escrita por ele em parceria com sua esposa, imagina um futuro pessimista e, veja só, recheado de itens familiares ao nosso presente. Este ambicioso filme, uma superprodução para a época, é um manifesto – um dos primeiros da Sétima Arte – às diferenças de classes e à opressão em prol da industrialização. O roteiro encontra espaço ainda, por meio de simbolismos, para fazer alusões ao sagrado e ao profano.
    Na história, vemos a iluminada e glamorosa Metropolis ocupada pela elite em sua superfície, e pelos operários nos subterrâneos. São os habitantes ‘de baixo’ que sustentam a cidade – operando as angustiantes máquinas que geram a energia – em exaustivos turnos de 10 horas. O que os motiva é a profecia da chegada de um mediador que apaziguará os ânimos entre as classes, promovendo soluções pacíficas, visando o bem para ambas as partes. Freder, o filho do dirigente da cidade Joh Fredersen, acaba conhecendo Maria. É ela quem diz palavras de conforto e esperança ao povo oprimido das profundezas. Encantado por ela, o jovem vai até as catacumbas subterrâneas e conhece o triste cotidiano daquele povo. Freder e Maria se envolverão, e buscarão uma solução para aquela situação. Ocorre que Joh quer impedir uma possível revolta dos operários, e para isso contará com a ajuda do 'cientista maluco' Rotwang, que constrói um androide e o faz ficar com a aparência de Maria, que deveria convencer os trabalhadores a não se rebelarem. Joh não contava, porém, que Rotwang tivesse os seus próprios interesses. O inventor programa o androide para atiçar ainda mais a plebe inconformada a invadir a superfície, abandonando as máquinas, o que provocará um verdadeiro colapso em toda a estrutura urbana da gigantesca cidade, que amargará uma série de desastres geológicos sem precedentes. Conseguirão Freder e Maria reverter essa trágica e tensa situação?
    Devido à nossa bagagem cultural e noticiosa de espectadores do século XXI, podemos constatar no decorrer da projeção curiosos exemplos de que a arte, além de inspirar a própria arte, também imita a vida. O chefe dos trabalhadores visto no filme, devido à coincidência de sua aparência e seu cargo, invariavelmente nos remete a um certo líder sindical que o Brasil passou a conhecer muito bem desde os idos da década de 1980 pelo nome de Luís Inácio Lula da Silva. E quando os trabalhadores e suas esposas largam seus lares subterrâneos à beira do colapso causado pela pane das máquinas, e invadem a superfície, deixando suas crianças para trás (!), isso não seria um embrião para a trama da comédia Esqueceram de Mim (1990)? Quanto ao cenário urbano-futurista da cidade, com seus imensos arranha-céus e viadutos entrecortando o ar, ele já foi reproduzido em inúmeras outras obras. E a cena mais famosa do longa, em que o androide assume as feições de Maria, serviu como base para praticamente todas as versões cinematográficas ou televisivas da história de Frankenstein, bem como de várias outras derivações em que identificamos facilmente o cientista louco, um corpo inerte, fios, cabos e tubos de ensaio em volta do cenário sombrio e uma chave de força que liga a energia que, por sua vez, desencadeará uma série de 'efeitos visuais' representando raios-laser circulares em volta do humanoide que, enfim, ganhará vida. Sim, durante vários momentos de Metropolis, não é difícil pensarmos: “eu já vi essa cena em algum lugar...”
    É claro que, aos nossos olhos, acostumados com os mais avançados efeitos visuais que a computação gráfica proporciona hoje em dia, a experiência de ver Metropolis pode causar involuntários momentos de riso. Entretanto, uma incontável quantidade de filmes que estão em nossas memórias, dos quais tanto gostamos, em algum momento tiveram um ou mais conceitos absorvidos dessa obra icônica de Fritz Lang. Não é exagero, portanto, afirmar que Metropolis foi o alicerce para que os pilares da ficção científica fossem erguidos, estabelecendo o gênero de vez como um dos mais rentáveis e lucrativos da história do cinema.
    Finalmente, antevendo a futura frieza que obras similares adotariam nas décadas seguintes (antes que o clima de aventura voltasse com tudo em 1977 com Star Wars), a frase escrita no último intertítulo de Metropolis ganha um sentido metafórico voltado para si mesmo, nos fazendo lembrar do item essencial e indispensável para qualquer obra cinematográfica. Entre o cérebro e as mãos utilizados para a realização de um bom filme, sempre deverá existir um coração.
    Bruno M.
    Bruno M.

    19 seguidores 16 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 28 de setembro de 2013
    Um filme muito inteligente e simbólico cheio de seus ocultismos. Apesar de a trilha sonora ser um saco o filme é muito bom. É uma pena uma grande parte de o filme ter se pedido no decorrer dos anos.
    Igor F.
    Igor F.

    6 seguidores 44 críticas Seguir usuário

    2,5
    Enviada em 1 de junho de 2020
    No geral, poderia afirmar com convicção que este filme é para assistir uma única vez. O lado bacana do filme é a crítica social a relação empregatícia, religião, ganância e etc... O protagonista do filme atuou muito bem, assim como alguns outros personagens. O problema do filme e que talvez o torne tão cansativo é a mesma trilha sonora o tempo todo, além disso há determinadas cenas que são ridículas de tão mal feitas que foram, principalmente a parte em que a Maria corre do cientista maluco, aquela cena foi horrível. Depois de ter assistido, até bateu um certo arrependimento, pois, poderia ter assistido uma outra obra no lugar. O fato do filme ser quase secular não é motivo para relativizar os erros da obra. Era melhor ter assistido o filme do Pelé.
    William
    William

    151 seguidores 173 críticas Seguir usuário

    1,0
    Enviada em 9 de fevereiro de 2012
    A História é super interessante, mas pena q o filme é muito antigo. Asequência na qual as cenas foram colocadas tbmm é legal....não recomendo ele simplesmente pelo fato de ser muito antigo....se houvesse uma nova versão dessa mesma obra.......eu certamente assistiria!
    anônimo
    Um visitante
    2,5
    Enviada em 29 de abril de 2013
    Fritz Lang surpreendeu a muitos com esse filme, principalmente pela sua fotografia e história. No entanto apesar da história começar bem interessante, ela se desenrola de um modo bastante maçante o que acaba prejudicando bastante o filme.
    Rodrigo E.
    Rodrigo E.

    25 seguidores 5 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 7 de maio de 2013
    Esse é um dos melhores filmes da era do cinema mudo... obviamente não podemos levar em conta os filmes que se seguiram depois de Metrópolis, pois seria uma grande injustiça diante dos recursos que haviam em 1927. E eis esse o ponto principal de sua grandiosidade, o filme criou muito bem o ambiente de uma cidade futurista e viajou no tempo para muito além da imaginação do público na época, aonde se imaginaria uma pessoa eletrônica, um robô se passando por uma boa mulher? As atuações são excelentes, excluindo a do protagonista que fora demasiada exagerada, efeitos especiais que podem ser considerados magníficos e monstruosos diante do tempo e ótimos cenários, tudo isso pode indicar que esse filme é em realidade uma pérola valiosíssima do cinema e mostra também a incrível genialidade de Fritz Lang, que inspirou grandes gênios, incluindo o mestre Alfred Hitchcock. O único contra do filme se dá pelas partes perdidas do filme, que prejudicaram um tanto a trama, mas ainda assim, se dá para enxergar a genialidade do clássico e deduzir que: se hoje é um filme ótimo, a versão original deveria ser, no mínimo, fascinante.
    Henrike S.
    Henrike S.

    5 seguidores 3 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 30 de dezembro de 2014
    Filme atemporal que representa muito bem a divisão de classes e o sistema fabril que da época e que é existente até hoje.Seria ótimo as pessoas deixarem de lado o preconceito com cinema mudo assistirem este clássico.
    Caio Borges
    Caio Borges

    4 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 23 de janeiro de 2020
    Crítica – Metrópolis (1927)
    Por Caio Borges
    Considerado um clássico do cinema, Metrópolis foi o 12° filme a ser dirigido por Fritz Lang. A trama conta a história de uma sociedade futurística, dividida entre os operários, que vivem nas profundezas da cidade e possuem uma longa e difícil rotina de trabalho, e os nobres, que se encontram no topo da torre da cidade e possuem uma vida calma e pacata, providenciada pelo suor dos trabalhadores abaixo.
    Maria (Brigitte Helm), uma moça que vive nas profundezas, em um determinado dia leva um grupo de crianças ao topo da torre, para que elas pudessem conhecer o estilo de vida dos outros cidadãos. Enquanto ela está no local, Freder (Gustav Fröhlich), filho do prefeito da cidade, avista a jovem, e após ela ir embora, atraído por ela, decide ir para as profundezas. Ao descer da torre, o rapaz se depara com a realidade dos operários, que são tratados como robôs descartáveis, trabalhando com o único propósito de manter o funcionamento das máquinas. Chocado com o que presenciou, o jovem irá buscar meios para tentar melhorar a vida dos trabalhadores, e assim se dá o desenrolar da história.
    Para compor a trama, o diretor trabalha com um grande número de personagens, porém são dados papéis simples a esses, como o de jovem ingênuo, a moça sonhadora, o magnata ganancioso, o cientista louco, entre outros. Embora esses não possuam grande complexidade emocional, funcionam perfeitamente dentro do roteiro, que por sua vez é preciso e entrega uma história muito bem articulada, sabendo o que será contado e de que maneira.
    O filme possui uma ótima fotografia. Lang enquadra muito bem as cenas, utilizando, na maioria das vezes, planos abertos, pois trabalha a maior parte do tempo com multidões, além de serem importantes também para representar a dimensão da fábrica, ilustrando todas as máquinas e trabalhadores no desempenhar de suas funções dentro de um mesmo enquadramento, o que também dá destaque para a cenografia da obra.
    As atuações são bem entregues, embora algumas vezes pareçam muito teatrais (o que é perfeitamente aceitável para o ano em que o filme foi feito). Como foi dito anteriormente, os personagens possuem papéis simples, portanto não era exigido uma atuação brilhante de cada um, mas ainda assim todos realizam boas performances, com destaque para o personagem principal de Fröhlich, que possui ótima expressões faciais.
    Embora estejamos falando de um filme com quase um século de idade, a obra pode ser perfeitamente discutida nos dias de hoje, por se tratar de uma questão que ainda permanece: a desigualdade social, que é claramente representada através dos ricos, que vivem nos céus, como se fosse uma espécie de paraíso, enquanto os pobres se localizam nas profundezas, uma alusão ao inferno. Além disso, o roteiro também trata de temas complexos como psicologia de massas, a exploração do trabalho e a substituição do homem pelas máquinas.
    Metrópolis é um filme longo, e embora possua uma boa trilha de fundo, não possui som nos diálogos, o que, em 2019, pode tornar o filme exaustivo para algumas pessoas. Contudo, por se tratar de um dos grandes clássicos da história do cinema, e possuir um roteiro muito bem planejado e executado, trata-se de um filme indispensável para qualquer cinéfilo e entusiasta do cinema de modo geral.
    luiz carlos
    luiz carlos

    3 seguidores 26 críticas Seguir usuário

    2,5
    Enviada em 9 de fevereiro de 2012
    Considero o filme apaixonante! Conheço apenas a versão colorizada e a única linha filosófica que ví no filme, foi a da ficção futurista, cem anos antes dela poder existir e isto, por sí só, já merece aplausos!
    CCauãã
    CCauãã

    5 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 22 de setembro de 2022
    com certeza esse é um dos filmes mais influentes da história do cinema, quando assiste ele, isso fica muito Claro e você sempre vai ter essa sensação constantemente durante o filme, mas falando sobre o filme em si, ele tem um ritmo impressionante, é incrível como ele tem 2 horas e 30 minutos de filme tão preenchido, a história é fascinante e mesmo sendo um filme não falado, é impossível você se desligar dela, o filme vai ficando mais melancólico e bizarro até a sua finalização que dá uma sensação de estranheza reconfortante depois de um final incrível, tem uma crítica importante e atual até hoje, que é bem clara, e bem explicado desde o início para que o peso seja bem mais potente ao decorrer da obra.
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