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Mário Sérgio P.Vitor
89 seguidores
138 críticas
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3,5
Enviada em 21 de fevereiro de 2017
Demorei para ver AQUARIUS, esperando a poeria baixar. Tantas manifestações de diretor e elenco em festivais pelo mundo foram, no mínimo, desnecessárias. O filme se sustenta por si só, apesar do início arrastado. Sua parte final é exemplar e devo dizer que nunca achei Sonia Braga uma boa atriz, mas, parece que o tempo trouxe a ela o encanto de representar. Meu amigo Janio comparou AQUARIUS a DURVAL DISCOS por encontrar semelhanças numa tragédia que parece sempre prestes a estourar. Discordo, DURVAL DISCOS é uma obra-prima, enquanto AQUARIUS é um filme bom que poderia ter sido melhor. Porém, num universo de filmes brasileiros que buscam público apenas pelas piadas toscas e pelo elenco global é consolador constatar que existem cineastas mostrando outros elencos, buscando outras linguagens e testando locações diversas do eixo Rio-Sampa.
A melhor exposição de que uma luta pessoal e social, não precisa de grandes mobilizações ou gritos. Uma simplicidade estonteante para um enredo pesado, que de uma forma sútil mostra a vida, a luta, o sexo, os conflitos na terceira idade.
Me decepcionei muito. Filme muito ruim. A protagonista não transmite empatia. Pelo contrário. Torci contra ela o tempo todo porque demonstrou ser uma mulher egoísta. E sua atuação deixou a desejar. Cadê o sotaque que tinha quando era jovem? Sinceramente nem se compara com o Que Horas Ela Volta. Adoro cinema deu 5 pra esse filme? Com que intençâo? Horrível.
Ótimo filme sobre especulação imobiliária em um dos seus níveis mais torpe: passar por cima de quem for preciso para atingir os objetivos das construtoras. O filme tem todo um caráter econômico, social e político.
Singelo, tocante... Muitas formas de identificação com a vida de qualquer cidadão, das famílias, por ângulos variados. Sônia Braga, sempre musa, como ninguém, deu intensidade à rotina tranquila de Clara e eloquência aos olhares e silêncios de uma mulher circunstancialmente vulnerável, mas determinada e corajosa. Muito feliz por ver que ainda há muito da atriz sensual e talentosa em minha amada diva, amadurecida e segura.
Sobre o filme, minha nota já diz basicamente o que achei. O que me impressionou foi algo à parte do filme. Como pode tantas pessoas terem sentido alguma empatia por uma personagem, fruto de nossa injustiça social, com aparência muito jovem para estar aposentada, proprietária de cinco apartamentos, adquiridos pela profissão de jornalista (???), e que agora quer barrar a revitalização de uma importante área urbana batendo o pezinho para não sair de um apartamento, já que este lhe traz belas lembranças de sua vida privilegiada? Apesar da meia estrela que dei, recomendo este filme para quem tenha gostado de "Encontros e Desencontros", da Sofia Coppola, onde o coroa Bill Murray está "deprimido", no melhor hotel de Tóquio, já que sabe que a Scarlett Johansson, que lhe dá a maior bola, já está comprometida, e ele também, o que deprime a ambos. Puxa, escrevi muito. Sabe como é... viajar de iate é bom mas depois de algum tempo me deixa entediado, aí vim aqui. Entendam meu sofrimento.
O polêmico Aquarius não justifica todo o barulho feito. A adesão do elenco ao governo da ex-presidente Dilma que culminou na manifestação em Cannes pode ser explicada pela aula dada no filme sobre como se constrói o patrimonialismo à brasileira, com nostalgia, corrupção - sim, corrupção, pois como justificar a origem dos recursos para manutenção da vida hedonista dá protagonista Clara (Sônia Braga), que consegue manter sozinha um prédio inteiro aos 63 anos de idade? -, acumulação e falta de vontade de dialogar a respeito. Aquarius é um desserviço às políticas de revitalização urbana, pois, se depender do roteiro, os prédios deteriorados nos centros das grandes cidades brasileiras continuarão como estão, para "preservar a memória". Aff!
Sônia Braga não está protagonizando um filme. Aquarius é um filme que protagoniza Sônia Braga. Ela é todo o filme. E quem garante isso é o diretor Kleber Mendonça Filho, mais uma vez, depois de O Som Ao Redor, fascinado (e enganado) a respeito da classe média “esclarecida” e das questões de propriedade privada. A direção de Kleber interfere apenas para dar passagem a Braga, que samba a dança do crioulo doido e entrega uma performance corporal e verbal que arrebata todo o filme, o leva para si.
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