(Sem espaços) - h t t p s : / / rezenhando . wordpress . com /2017/05/16/rezenha-critica-aftermath-2017/
Desde que teve o anúncio deste filme por tratar-se de um dos meus ídolos da infância infiltrando-se no drama fiquei bem empolgado, afinal para quem acostumou-se vendo o “Arnoldão” em ação nas décadas de 80, 90 e início dos anos 2000 pode ficar até “perplecto” com o Aftermath e também Maggie, últimos filmes que gravou e que são dramas bem profundos. Infelizmente o filme foi rodado durante o acidente que vitimou o elenco da Chapecoense e algumas coisas até podem ser “lincadas”, infelizmente. Logicamente que ninguém adivinharia tamanha tragédia, mas Aftermath também é baseado em uma história real, triste não? Confira a “rezenha” crítica de Aftermath.
Como já adiantei, a maioria dos curiosos ao deparar-se com o nome Arnold Schwarzenegger como protagonista e ler a sinopse pode até imaginar que seja um filme com uma pitada de drama mesclada a vingança e ação, só que NÃO!
O filme conta a história de um homem (Roman) que está em busca de vingança depois de ter perdido a esposa e a filha em um acidente aéreo causado por negligência de um dos controladores (Jacob). O longa tem como base o acidente aéreo de Überlingen, entretanto os eventos e personagens tem seus nomes diferentes dos reais envolvidos na tragédia. Partindo do ocorrido em julho de 2002, o filme acompanha os eventos que acontecem 478 dias depois do acidente.
O interessante do longa que ele não fica centralizado no personagem do Arnold (Roman), também conta a história do controlador de vôos, Jacob e a forma como esta tragédia impactou a sua vida, ainda mais quando não se é “total responsável” por algo desta magnitude. Vemos que todos ali são vítimas de acordo com o ponto de vista de cada um, e só do filme mostrar os dois lados da moeda merece uma boa nota.
Apesar da boa intenção do diretor em balancear os pontos de vista o filme traz muitos defeitos, inclusive com o Arnoldão. Seu personagem em alguns momentos poderia ter se derramado mais em lágrimas ou demonstrar uma raiva fora do comum pelo ocorrido, e isso não ocorre, a impressão que dá que ele sempre está com a mesma cara, diferente de quando assisti Maggie (2015) ou o Fim Dos Dias (1999). Na verdade queria muito que este tipo de filme caísse nas mãos do Stallone, ele tem uma cara de coitado e pessoa sofrida (mesmo não sendo) e está acostumado em atuar em alguns personagens com determinada carga emocional, neste tipo de filme ia mandar super bem!
O filme possui apenas 94 minutos, mas a direção é mal feita, com cortes e transições bem amadoras (parece eu editando vídeo), a trilha sonora apesar de ser muito bonita fica entrando toda hora e isso incomoda até quem adora música instrumental. Além disso, a tão esperada vingança demora muito para começar a desenvolver.
Fora estas intempéries, vale destacar a atuação de Scoot McNairy (Jacbob “Jake” Bonanos, o culpado) ele sim demonstra um peso fora do comum e transmite emoção, você fica com dó dele e chega a fica bem emocionado com tudo o que transcorre após o acidente com ele e a “cagada” que a companhia dá para ele e as famílias vítimas do acidente, é de cair o queixo.
A mensagem que o filme transmite é muito bonita se você conseguir captar a essência. Em muitos lugares você pode se deparar com notas baixas do filme, acredito que seja pela frustração em não ver o “velho Arnoldão” em ação, mas em um todo é um bom filme, se tivesse mais 30 minutos teria ficado bem ruim, entretanto em 94 minutos conseguiram fazer um bom filme. Logicamente que uma história destas poderia ter sido melhor dirigida, mas fazer o quê?
Minha nota é 3/5.