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    O Estrangeiro
    Críticas AdoroCinema
    2,5
    Regular
    O Estrangeiro

    Busca implacável

    por Lucas Salgado

    O cineasta Martin Campbell tem uma trajetória de altos e baixos. Realizou do ótimo 007 - Cassino Royale ao trágico Lanterna Verde, passando por A Máscara do Zoro e Limite Vertical. Em pouco mais de 40 anos de carreira, nunca conseguiu se consolidar como um nome muito forte em Hollywood, principalmente por tal irregularidade. Ao analisarmos sua filmografia, é difícil encontrar uma sequência de bons trabalhos, sempre há algo lamentável no meio.

    Após Lanterna Verde (2011), Campbell assumiu alguns trabalhos na TV e só agora retorna aos cinemas com O Estrangeiro. O longa parece tentar ser uma espécie de "Busca Implacável com Jackie Chan". Infelizmente, não é bem sucedido na empreitada. O sucesso de Taken veio diante de um roteiro envolvente e uma ótima direção de cenas de ação. E também da surpresa de ver Liam Neeson como ícone de ação. No caso de Chan, não há a menor surpresa. E isso ainda se junta ao fato de que mesmo as cenas de luta são muito menos desenvolvidas do que as vistas na maioria dos filmes do ator. Aos 63 anos, parece que Jackie Chan já não é mais o mesmo, o que também é muito natural.

    Chan interpreta Quan, dono de um típico restaurante chinês em Londres, na Inglaterra. Ele vive com a filha, prestes a se formar no colegial. Um atentado terrorista próximo da loja em que a jovem comprava um vestido, acaba deixando Quan sem a pessoa que mais lhe importava em sua vida. Ele, então, passa a buscar respostas e acaba investigando uma vertente do movimento separatista da Irlanda do Norte, o IRA.

    Em busca de respostas, Quan acaba confrontando o vice-primeiro ministro da Irlanda Liam Hennessy (Pierce Brosnan), ele insiste que deixou sua vida de separatista para trás, mas terá que convencer o pai desesperado por informações.

    O filme tem seus momentos, mas há a permanente sensação de que algo está faltando. A trama é pouco convincente e as próprias atitudes dos protagonistas são contraditórias. Tivesse abraçado a cara de "filme da Sessão da Tarde", O Estrangeiro poderia até mesmo funcionar como um entretenimento raso. Mas o longa pretende se mostrar mais sério do que deveria, investindo em momentos melodramáticos e desinteressantes. Com atores carismáticos, mas limitados, era de se esperar que a produção não investisse tanto no lado dramático, oferecendo cenas previsíveis e que abusam o limite do clichê, como Quan colocando fogo em umas fotos.

    The Foreigner (no original) conta com um roteiro pouco inspirado, não por acaso escrito pelo mesmo roteirista de Duro de Matar 4.0, David Marconi. Destaque em Into the Badlands, Orla Brady vive a esposa do personagem de Brosnan, mas sem muito espaço para brilhar.

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    Comentários

    • rafael
      O filme é sensacional, merece 4 estrelas. Gosto quando o Jackie faz essa linha de filmes mais sérios.
    • Sérgio Rodrigues
      Percebe-se uma crítica típica de alguém que não gosta de filmes de ação. Aliás, há uma ENORME má vontade de boa parte da crítica com os filmes do gênero.
    • André Bianchi Arantes Fotógraf
      Gostei do filme e gostaria de comprá-lo em BLU-RAY. O problema é que até hoje não foi lançado. Alguém aí sabe quando será isso?
    • leandro 1048
      Eu gostei do filme. Devido a idade o Jackie não tá naquela forma mas, ainda manja das cenas de ação e do drama que o personagem precisava. Foi um filme que me entretive e que valeu meu tempo.
    • Batera
      Jackie é o que o filme tem de melhor, mas o trhiler é sem ritmo, desconectado.. parece dois filmes em um.. tem uma hora que o apego à trama do ira é tanto que chan sai de cena por um longo periodo.. vc pensa que ele nao volta mais... roterio bem estranho.. tenta se levar a serio.. mas o chan ajuda muito o filme não ser tragico como o sotaque forçado de brosnan..
    • Freddy Batista
      O filme é bom, divertido e interessante, Jackie Chan esta muito bem, vale o ingresso.
    • DarkSlayerSigma
      O sucesso de Taken veio diante de um roteiro envolvente e uma ótima direção de cenas de ação. Olha, com todo respeito, não existe nada de primoroso no uso de shaky cam. Taken é um dos responsáveis (juntamente com Identidade Bourne) pela popularização desse tipo de trabalho dispensável, que é a câmera balançando. E para piorar ainda tem muitos, muitos cortes durante as sequências o que só piora a qualidade desse filme.
    • Senhor Ivan
      Jackie Chan não vive o seu melhor personagem,mas é o melhor trabalho que faz nos últimos dez anos.
    • Alan Bitencourt
      Coitado do Jackie Chan.
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