Nos meses que precedem o parto do seu primeiro filho, o cineasta Bruno Jorge registra o passar do tempo e o dia a dia com sua esposa e fotógrafa Fernanda Preto. Mesclando narrações, sessões fotográficas e o cotidiano, percebemos as memórias do passado e as ansiedades do presente.
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Críticas AdoroCinema
3,5
Bom
O Que Eu Poderia Ser Se Eu Fosse
Os limites da intimidade
por Bruno Carmelo
O diretor Bruno Jorge decidiu fazer um documentário sobre sua própria vida, mais especificamente, sobre a experiência da paternidade. Nos meses que anteciparam o nascimento da primeira filha, ele filmou as dúvidas e inseguranças de si mesmo e da esposa, a fotógrafa Fernanda Preto. Entram em cena discussões sobre o posicionamento do berço, a melhor maneira de fazer o parto, o papel do homem nos cuidados com o bebê.
A proximidade com o tema pode representar uma facilidade de produção – afinal, todo o material humano e prático encontrava-se à disposição – mas, por outro lado, constitui uma grande dificuldade ética. Até onde filmar? O que mostrar, o que esconder? O que faz parte do domínio da verdade e do realismo, e o que representa uma invasão de privacidade, uma violação da dinâmica do casal? A busca por estes limites representa o maior trunfo de O Que Eu Poderia Ser Se Eu Fosse.O projeto
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