O filme tem o seu valor, pois traz um encerramento para o que veio sendo construído nos outros dois filmes. De modo bem forçado e mal costurado, é claro; mas traz. Há personagens engraçados e divertidos, e há certa diversão e cenas agradáveis. Contudo, não se pode dizer que os atores estão em seus melhores momentos. Dewey é transformado em um capacho e é feito de palhaço pelo roteiro - no mau sentido, e com um exagero que não tinha necessidade. Courtney Cox - gente, o que aconteceu com ela nesse filme? A atriz sempre foi linda e talentosa, mas aqui a maquiagem não a favoreceu nem um pouco, envelheceu vinte anos e está com um visual bem pesado (prova é que, ao assistirmos Pânico 4, que veio mais de dez anos depois, a atriz está muito melhor e rejuvenescida do que neste filme). Conseguiram deixá-la mais feia do que quando ela fazia a "Mônica gorda" em Friends. As briguinhas entre ela e a outra personagem acabam cansando, bem como as "patadas" constantes no filme. Aliás, a personagem de Parkey Posey cansa demais! Rouba a cena sem necessidade, muito histérica, deram espaço para uma personagem cansativa e pentelha - ainda que seja a intenção, cansa o espectador.
O assassino final é desvendado de um modo bem pouco convincente, e há muitos furos (quem fazia a mãe de Sidney debaixo de um lençol ensanguentado? E como?). Entendemos que é Pânico, mas um mínimo de verossimilhança é importante - um mínimo, coisa que não acontece aqui. O assassino final é muito fraco, perdendo muito para o Billy Loomis ou para Mickey e a Sra. Loomis em termos de propósito e convencimento do público. Uma trama com o diretor John Milton (personagem de Lance Henriksen) foi pouco trabalhado e explorado, desperdiçando um talento importante
. Enfim, o filme, claro, tem o seu valor e vale a pena ser assistido, mas também pode não ser assistido (pulando-se direto do 2 para o 4) que muito pouco (muito pouco mesmo) vai ser perdido.