Clint Eastwood tinha tudo para fazer um filme ao estilo Titanic ou Resgate do soldado Ryan, pois a historia do capitão Sully é fantástica, mas não, Clint optou por fazer um filme quase que técnico, curto e quase escasso de sentimentos, mas contrariando tudo, o filme ficou muito legal assim, eu comecei a desconfiar que o filme não teria um teor dramático quando vi que o mesmo tinha uma hora e meia de duração, e tive certeza nos primeiros dez minutos de filme. “Sully” é um filme que não tem nada que impressione, mas também não tem nada que decepcione, e ele é capaz de deixar o telespectador completamente vidrado no cinema, pois ele é rápido e dinâmico, misturando linhas temporais e sem se importar muito em explicar para o publico o que está acontecendo. Com quase ausência de trilha sonora e uma fotografia muito clara, seja dia ou seja noite, com cortes e edições de som muito bons e diálogos notáveis e atuações muito bem sucedidas (nada de especial), dificilmente Tom Hanks irá decepcionar, e Aaron Eckhart também está bem. O roteiro é básico, frio e rápido, ele tenta pincela tons dramáticos com os sonhos e angustias de Sully, mas não consegue, e no grande momento dramático do filme, pofff, você não sente nada, mas você sai do cinema feliz, pois acompanhou uma historia ótima e eficiente com um direção que cumpre o papel.