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Nelson Jr
18 seguidores
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3,5
Enviada em 29 de abril de 2021
O grande destaque deste filme é a fotografia.!muito bela! todo filmado numa bucólica vila no interior do Rio Grande do Sul , próximo ao Uruguai, o roteiro é singelo, lúdico., mas interessante.! mostra uma vila , seus moradores e a relação conflituosa e desconcertante entre filha e o pai. O elenco é bem amador , tirando Marat Descartes que está bem, já a protagonista , Maria Galant tem talento , mas ainda muito a amadurecer. A trilha sonora é diferente , mostra os sons locais , o vento , os animais., Um filme que mostra muito a cultura gaúcha , a descoberta do amor e da sexualidade ., a pacata vida numa pequena vila..., ciúmes e a curiosa relação ambigua entre pai e filha que o filme deixa no ar. mas tem cenas marcantes, como a do toque no rosto.., e um final emotivo.
Morando numa vila do RS, próximo ao Uruguai, adolescente Nalu (Maria Galant) tem de aprender a se relacionar com o pai cego após a morte da avó, enquanto vai se descobrindo sexualmente.
Apesar da história parecer pacata, a forma com que a diretora retrata a narrativa é interessante. As cenas com planos abertos enfatizam o vazio da pequena cidade assim como a solidão de seus habitantes. A relação ora harmônica, ora conflituosa entre os personagens dá certo pois temos arcos dramáticos bem desenvolvidos ao mesmo tempo que é sutil.
O filme mistura os sonhos e amores da adolescente Nalu com a paixão e realidade do seu pai Ruben (Marat Descartes) com a professora uruguaia Rosário (Veronica Perrotta). Esse equilíbrio torna-se interessante para o público que navega ora no lúdico juvenil ora no realista maioral. Outro acerto da diretora é não querer reconstruir os personagens a partir de uma reaproximação entre pai e filha. Ela prefere centrar o relacionamento pontuando suas divergências, ciúmes e como a convivência entre eles se fortifica e se deteriora.
A delicadeza dos diálogos e das cenas dão brilho à narrativa. Por exemplo, o personagem de Ruben (Marat Descartes) quando se depara com a mãe morta e ao tocar em seu rosto não a reconhece. O contrário ocorre ao sentir o rosto jovial se sua filha e surpreender-se com similaridade do rosto de sua ex-mulher.
Excelente surpresa nacional. Um belo e grande filme.
Óbvio em sua estrutura, eficaz em suavizar o título exagerado durante toda a projeção, Mulher do Pai é um trabalho delicado e sutil, mas que apetece em sua forma didática de explorar que há ainda lugares sem internet e sem comunicação com a aldeia global que se formou, e a diretora Cristiane Oliveira está aí para explorar o amadurecimento de uma jovem nesse ambiente, com detalhes visuais em uma história onde seu pai é cego. Com o uso de símbolos gritantes (como a janela que se abre para o sol, invisível para seu pai) e diálogos pedestres, a experiência deste estudo de personagem fica mais na sua superfície embutida de regionalismo e anacronismo, possíveis apenas porque, como já disse, ainda há lugares isolados da nossa tribo internética. Ainda bem. Do contrário, filmes como esse não seriam mais possíveis de serem entendidos.
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