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    Cegonhas - A História que Não te Contaram
    Críticas AdoroCinema
    3,0
    Legal
    Cegonhas - A História que Não te Contaram

    Uma fofa jornada

    por Lucas Salgado

    Cegonhas - A História que Não te Contaram tem como ponto de partida a clássica fábula de que as cegonhas são as responsáveis pela entrega de novos bebês. A partir desta premissa, somos jogados em um mundo em que as aves não aguentam mais esta responsabilidade, tratada como um trabalho desumano e selvagem. Diante do fato de que existe outras formas de se produzir crianças, as cegonhas abandonam a função e interrompem os trabalhos da fábrica de bebês. Elas passam a investir, então, em entregas de produtos variados, sempre se orgulhando do serviço eficiente e de qualidade.

    Junior é uma cegonha que é o principal entregador da companhia e está prestes a assumir o posto máximo da companhia. Ele recebe apenas uma missão antes: demitir Tulipa, uma garota humana que vive entre as aves após os dados de sua entrega serem perdidos quando bebê. Ela está perto de completar 18 anos e sempre causa uma confusão quando tenta ajudar no dia a dia da empresa. Junior acaba ficando com pena e a realoca para o departamento de cartas. Lá, a garota acaba ativando a máquina de bebês. Com isso, ela e a cegonha devem trabalhar em segredo para entregar a adorável bebê que nasce da carta.

    A premissa é bonitinha. E o filme também. Por sinal, se tem uma palavra que define a produção ela é: fofa. Em alguns momentos, o espectador ficará com vontade de abraçar a tela. E o motivo é simples: bebês. Não deixa de ser um truque fácil da produção, jogar vários bebêzinhos fofos na tela e deixar todo mundo encantado. Os mais sensíveis podem até se emocionar com a produção, que entrega um final pra cima e inclusivo. 

    Com direção de Nicholas Stoller e Doug Sweetland, a animação peca por seu roteiro (também de autoria de Stoller, conhecido por Ressaca de AmorVizinhos). Curiosamente, o que acaba faltando é um pouco do incorreto visto nas produções citadas. É claro que estamos falando de uma animação para crianças, mas falta algo para os pais.

    Se em um momento o filme falha ao retratar uma mulher com um desejo incontrolável de cuidar de um bebê, em outros funciona melhor ao colocar a cegonha e a garota quase como um casal improvável, que discute a melhor forma de cuidar da filha. Outra sequência marcante é uma briga silenciosa para não acordar a criança.

    O filme é divertidinho, bonitinho, mas acaba no inho. Não empolga. E não fica na cabeça. Pode entreter por uma hora e meia, mas não vai além disso. Klebber Toledo, Tess Amorim e Marco Luque formam o elenco de vozes no Brasil. Do trio, apenas Luque decepciona. Ele parece mais preocupado em criar uma versão de seu motoboy Jackson Five na pele do pombo Luke.

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