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    Rock Dog - No Faro do Sucesso
    Críticas AdoroCinema
    2,5
    Regular
    Rock Dog - No Faro do Sucesso

    Não late, nem morde

    por Lucas Salgado

    Codiretor de Toy Story 2 ao lado de John LasseterAsh Brannon chega aos cinemas brasileiros com seu primeiro longa solo como diretor: Rock Dog - No Faro do Sucesso. Entre um e outro, ele também codirigiu Tá Dando Onda. Infelizmente, se formos posicionar o novo trabalho em termos de qualidade, Rock Dog está mais próximo de Tá Dando Onda do que de Toy Story 2.

    Escrito por Brannon em parceria com Kurt Voelker (Doce Novembro), o novo filme é bonitinho, divertidinho, tudo inho. Funciona como um entretenimento momentâneo e pode até divertir o público menos exigente, mas a verdade é que Rock Dog é uma experiência de memória curta e sem grandes recompensas. A obra não marcará o espectador.

    No sentido literal da palavra, trata-se de um longa ordinário. Apresenta uma premissa interessante e repleta de boas intenções, mas que quando analisada mais de perto se revela de pouco conteúdo e má desenvolvida.

    O filme aborda um cão pastor que se muda com campo para a capital em busca do sucesso como artista. Ele acaba perseguindo um gato que é uma estrela do rock internacional, ao mesmo tempo em que se vê no meio de um plano de lobos para tomar sua terra natal, repleta de ovelhas. Como dito acima, a premissa até surge como algo bastante curiosa. Infelizmente, o desenvolvimento da trama fica na promessa.

    Rock Dog lembra um pouco Kung Fu Panda ao apresentar um jovem animal que não está disposto a fazer apenas o que se espera dele. No entanto, está longe de ser tão bem animado. Bodi enfrenta os desejos do pai para tentar a sorte na música apenas para descobrir sua verdadeira vocação. Tudo muito simples. Tudo muito superficial.

    Um ponto positivo no longa é a trilha sonora musical. Além de um tema original simpático, o filme traz canções de Foo Fighters, Radiohead, Beck e companhia. É curiosa ainda a forma como o longa aborda o primeiro contato do cão principal, Bodi, com o rock. É quase uma experiência sensorial.

    No final, é claro, vence a ideia de que você deve sempre seguir seus sonhos. A solução é banal, mas bem intencionada. E não dá para tirar muito mais daqui.

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