"Poderia me perdoar?" O Drama adaptado por Marielle Hller tem seu ponto forte nas atuações de seus protagonistas e sua beleza obscura intrínseca que permeia a obra. É fato que seu sentimento é verossímil, "poderia me perdoar?" é triste, o roteiro indicado ao óscar que conta a historia de Lee Israel, uma escritora com crise criativa que reencontra seu talento ao falsificar cartas de escritores famosos, o filme brinca com a individualidade e comportamento de escritores em paralelo com a protagonista, isso é legal, e poderia ser melhor explorado, pois seu ponto forte é o melodrama de Lee que busca o sentido de algo ao mesmo tempo que busca sobreviver
A moral do longa é bonita, com uma grande analogia a depressão, mas do jeito certo, a tristeza que vira força para encontrar a arte, um novo talento -mesmo que ilegal- que surge a partir da profunda tristeza da nossa protagonista que vira seu grande ponto forte, é quase clichê, mas aqui é muito bem explorado, em conjunto a isso temos Jack, um homossexual de meia idade que nunca conseguiu seu lugar ao sol e vive a vida no limite, sua desprendimento social combina com a melancolia de Lee que faz o casal pouco usual funcionar perfeitamente, criando uma química de amizade forte e verdadeira.
Em termos de direção, o longa não tem muitas surpresas, ele é apenas normal, pois seu algo a mais fica por conta de suas atuações, tanto de Mellissa McCarthy e Richard E. Grant que penetram na mente de seus personagens de forma perfeita e entregam uma atuação precisa.
"Poderia me perdoar?" merecia mais atenção da critica e publico, é um bom filme, que entrega até mais que promete.. 7,5/10