Em Nome da Lei
Críticas AdoroCinema
2,0
Fraco
Em Nome da Lei

Heróis da justiça

por Lucas Salgado

Conhecido pelos trabalhos em Guerra de CanudosMauá - O Imperador e o Rei, o diretor Sergio Rezende vem deixando a abordagem histórica de lado nos últimos trabalhos e tentado investir num cinema nacional de ação e thriller. Foi assim com Salve Geral, de 2009. E também é o caso do novo Em Nome da Lei. Num cinema em que muitas vezes os cineastas ficam restritos aos seus gêneros favoritos, é muito bom ver um diretor que busca trabalhar em vários universos e não tem medo de tentar coisas novas.

Mas tem um problema: a falta de qualidade. Por mais que se valorize a tentativa de fazer algo novo, não dá para aplaudir quando o novo dá errado. E este é o caso presente.

Passado na fronteira entre Brasil e Paraguai, Em Nome da Lei conta a história de um juiz que chega numa cidade corrupta e tenta, ao lado da procuradora e de um policial, mudar aquela realidade, sem medo de enfrentar criminosos, políticos e até policiais. 

Mateus Solano vive o jovem juiz Vitor, enquanto que Paolla Oliveira é a procuradora Alice. Completando o time principal, Chico Diaz vive Gomez, o vilão também conhecido como El Hombre. Diaz, por sinal, é quem se sai melhor no elenco. Mateus e Paolla não comprometem, afinal não havia muito o que tirar do roteiro, que coloca os dois em meio a um romance previsível e desinteressante. 

Mas antes um romance desinteressante do que um completamente absurdo e sem sentido, não? Pois o filmes também tem um desses, entre a filha de Gomez (Juliana Lohmann) e o capanga Hermano (Emílio Dantas). Não só são personagens secundários, principalmente a garota, como o romance em si não contribui em nada para o desenvolvimento da história. E ainda conta com um flashback completamente sem sentido.

Repleto de clichês, frases de efeito ("Juiz não pede, determina") e cenas mal dirigidas (em especial, o julgamento de Hermano), o filme trata seus protagonistas como heróis, quase super-heróis, relevando vários erros do personagem principal. No final das contas, não funciona como romance, policial, drama ou suspense. Simplesmente, não funciona.

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