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Nelson J
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1.697 críticas
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5,0
Enviada em 28 de julho de 2016
Excelente filme sobre um caso de assédio sexual exercido por um candidato a suprema corte dos Estados Unidos. Em 1991, Bush pai e o congresso não davam a mínima para este tema, mas uma testemunha que sofreu assédio odioso e descrito em detalhes é pressionada de todas as formas pela comissão do senado para que perca sua credibilidade em favor do candidato do presidentes. Outra testemunha é intimada, mas depois dispensada. A denunciante desiste, mas recebe milhares de cartas de mulheres que sofreram abusos e ficaram quietas, com medo de serem tratadas como provocadoras e responsáveis pelos assédios sofridos. O candidato foi nomeado, mas nas eleições seguintes aumentaram em muito as candidatas e vencedoras mulheres e as leis avançaram na sua proteção. Não perca.
Não se pode perder de vista, e é indispensável tentar mergulhar nela, a época em que se passam as ocorrências concernentes ao filme. Caso contrário corre-se risco de enveredar pelo raciocínio do "por que ela não divulgou tudo no momento em que os fatos se deram?". Hoje, no Brasil, assistimos mulheres denunciando os mesmos abusos da parte de uma pessoa muito próxima ao presidente (assim mesmo, em minúsculas) do País (este em maiúsculas). Imaginamos os dois conversando, rindo e quase ouvimos os termos que certamente estarão usando. Aplaudimos essa denúncia, enaltecendo a vítima cujos direitos foram conspurcados. Na época, a vítima, comprovada ou não a sua versão da história, era sempre vista com desconfiança e era moralmente diminuída frente à opinião pública. No caso atual não titubeamos em tomar um partido, dada a vida pregressa do agressor e a pronta manifestação de outras vítimas. No filme oscila-se entre as partes, mesmo sendo claramente parcial a apresentação dos fatos. Não há nenhuma possibilidade de discussão sobre o papel dos políticos envolvidos. Os antigos e os atuais, americanos ou brasileiros, mostram-se corriqueira e desavergonhadamente muito próximos daquilo que conhecemos.
O filme é interessante só descobri que era baseado em fatos reais ao final,o que não o desmereceu,polêmico e chocante justamente por ser verdadeiro e numa época em que o país está passando por algo parecido,é uma boa pedida
O filme é bem parado, mas não deixa de ser bom, trata de um assunto polemico e baseado em fatos reais. O que eu mais gostei foi a parte politica, mostra como a coisa funciona no senado, uma batalha com ausência de provas para o crime, entram os interesses políticos, as estratégias, as articulações, as manobras, os abusos de poder, a manipulação da mídia, etc... Achei interessante, principalmente por estarmos passando por um momento político conturbado aqui no Brasil. Destaque para a atuação da Kerry Washington!
O toque clássico inserido no filme quando da retrospectiva dada à ficção a partir de um caso real, foi importante para aguçar a curiosidade no espectador e posicioná-lo na história, dando a devida atenção ao que se sucede. Porém, apesar de nós alertar constantemente à realidade por meio de cortes dos telejornais da época fato que, aliás, dá ao filme um ar muito mais de documentário do que propriamente uma obra devidamente roteirizada, com sequências claras e coerentes; "A confirmação" se expressa através de atores muito caricatos e falhos. Percebe-se, no decorrer do filme, a atuação arrastada dos senadores que ouvem o depoente através de expressões grotescas e forçadas. Há, sem dúvida, outras situações claras. No mais, o filme expressa nitidamente as relações ditas republicanas no jogo da política em que se preconiza muito mais a medição de forças do que o mérito do caso em questão. Ainda assim, a obra traz a mensagem muito clara do feminismo e sua projeção histórica na política americana. Na realidade, suspeito que o real objetivo do filme era justamente esse, ou seja, deixar a arte de lado, juntamente com seus encantamentos, e prezar pelo engajamento político e ideológico. Não desqualifico tal presunção dos produtores e diretores, mas tal presunção, se existiu, afetou a dramaticidade da obra.
filme baseado na história real de um juiz que foi nomeado para presidir a suprema Corte dos Estados Unidos mas que foi denunciado por uma ex-funcionária por assédio sexual uma história muito interessante e que marcou uma época
Não se pode perder de vista, e é indispensável tentar mergulhar nela, a época em que se passam as ocorrências concernentes ao filme. Caso contrário corre-se risco de enveredar pelo raciocínio do "por que ela não divulgou tudo no momento em que os fatos se deram?". Hoje, no Brasil, assistimos mulheres denunciando os mesmos abusos da parte de uma pessoa muito próxima ao presidente (assim mesmo, em minúsculas) do País (este em maiúsculas). Imaginamos os dois conversando, rindo e quase ouvimos os termos que certamente estarão usando. Aplaudimos essa denúncia, enaltecendo a vítima cujos direitos foram conspurcados. Na época, a vítima, comprovada ou não a sua versão da história, era sempre vista com desconfiança e era moralmente diminuída frente à opinião pública. No caso atual não titubeamos em tomar um partido, dada a vida pregressa do agressor e a pronta manifestação de outras vítimas. No filme oscila-se entre as partes, mesmo sendo claramente parcial a apresentação dos fatos. Não há nenhuma possibilidade de discussão sobre o papel dos políticos envolvidos. Os antigos e os atuais, americanos ou brasileiros, mostram-se corriqueira e desavergonhadamente muito próximos daquilo que conhecemos.
Confirmação é uma surpresa e ao mesmo tempo um tapa na cara para qualquer um. Eu esperava por mais um Telefilme ridículo e dispensável, como costumam ser, mas acabei encontrando um filme indispensável para os dias de Hoje. Não quero estragar a experiência e dizer sobre o que se trata, pois as cegas o baque é maior, então assista e encontre atuações poderosas e um drama de primeira linha da HBO. Não deixe de assistir esse possível futuro clássico.
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