Um filme lento e singelo de acordo com a cultura e as tradições japonesas, ainda tão determinantes na vida dos japoneses. Mas que poema não deve ser lido lentamente, para que se possa absorver todo o seu significado? O filme conta a história de três irmãs, abandonadas primeiramente pelo pai, que vai embora para viver com outra mulher e mais tarde a mãe as abandona também. Resta à irmã mais velha, Sachi (interpretação contundente), tomar para si a responsabilidade de criar as duas irmãs menores e isto faz com que se torne uma pessoa um pouco rígida, afinal, ainda é jovem para este papel tão importante. O pai falece e elas são chamadas para as cerimonias do funeral numa localidade interiorana distante. Lá são recebidas na estação do trem pela irmã mais nova. Na volta, quando já dentro do trem, Sachi convida a irmã mais nova a morar com elas (os laços de sangue são evidenciados neste raciocínio). Ela pensa um pouco e acaba aceitando. Mais tarde muda-se para a casa onde moram as irmãs mais velhas. A partir daí várias cenas mostrando o cotidiano, a rotina delas, os trabalhos, os relacionamentos, o temperamento sempre evidenciado de cada uma, as relações entre elas, a escola da irmã mais nova, cuja atriz faltou mostrar mais sensibilidade em algumas momentos. Não vai agradar àquelas pessoas que vivem freneticamente um dia após o outro, sem parar para refletir ou saborear as experiências e as coisas simples do dia a dia.