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    O Bom Burguês
    O Bom Burguês
    27 de agosto de 1983 No cinema | 1h 39min | Policial, Drama
    Direção: Oswaldo Caldeira
    |
    Roteiro Oswaldo Caldeira, Doc Comparato
    Elenco: José Wilker, Betty Faria, Jardel Filho
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    3,0 2 notas, 1 crítica
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    Sinopse

    O Bancário Lucas (José Wilker) financia organizações políticas esquerdistas com o dinheiro que desvia do banco em que trabalha. Usando seu cargo de confiança, Lucas abre contas fantasmas, autoriza a compensação de cheques frios e acumula uma fortuna. Com o tempo, sua ambição faz com que comece a se envolver com grandes empresários milionários que patrocinam a repressão militar da ditadura.

    Elenco

    José Wilker
    Personagem : Lucas
    Betty Faria
    Personagem : Neuza
    Jardel Filho
    Personagem : Thomaz
    Christiane Torloni
    Personagem : Joana

    Foto

    Detalhes técnicos

    Nacionalidade Brasil
    Distribuidor Embrafilme
    Ano de produção 1983
    Tipo de filme longa-metragem
    Curiosidades -
    Orçamento -
    Idiomas Português
    Formato de produção -
    Cor Colorido
    Formato de áudio -
    Formato de projeção -
    Número Visa -

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    Comentários

    • Andries Viljoen
      Lucas ajuda duas organizações revolucionárias diferentes, e ao mesmo tempo, também recebe fundos de investidores que buscam desmantelar esse tipo de mobilização no Brasil. Dividido entre a riqueza e seus ideais, ele vai tentar manter os dois, sem saber, claro que a própria irmã também faz parte dos rebeldes.Nas Entrelinhas: O “Bom Burguês”De todos os executivos presos, Léo Pinheiro era considerado pelos políticos o mais “boa praça” no trato. Não é à toa.Jorge Medeiros Valle, bancário carioca, é um dos personagens mais controvertidos da esquerda que optou pela luta armada durante o regime militar. Sua história virou filme, cujo nome intitula a coluna, estrelado pelo falecido ator José Wilker, uma versão glamourizada de sua vida, que mais tarde foi desnudada na dissertação de mestrado da professora Valesca de Souza Almeida. Funcionário do Banco do Brasil, Valle foi preso em julho de 1969, quando os órgãos de segurança do regime militar descobriram que ele havia desviado 2 milhões de cruzeiros novos da agência em que trabalhava, para financiar organizações clandestinas dedicadas à luta armada contra a ditadura militar.O “Bom Burguês”, como ficaria conhecido, cumpriu pena de seis anos na Ilha das Flores. Foi condenado novamente em 1975, ocorre que exilou-se no México com a sua família, a fim de escapar de uma nova temporada no cárcere. Embora a sua trajetória tenha pontos em comum com a de outros militantes da luta armada, tinha um perfil completamente distinto dos jovens que haviam optado por pegar em armas na clandestinidade. Manteve a aparência de vida normal para um burocrata. A partir da sua entrada para o Banco do Brasil, em 1952, atuou como sindicalista, chegando a pensar em se candidatar a presidente do Sindicato. Depois do golpe militar de 1964, optou por se afastar do sindicato e ligou-se ao PCBR, uma dissidência do antigo PCB liderada pelos dirigentes comunistas Mario Alves, assassinado na prisão em janeiro de 1970, e Apolônio de Carvalho, que mais tarde viria a ser um dos fundadores do PT.Como exercia uma função subalterna no banco, e de confiança dos gerentes na compensação bancária, arquitetou um plano simples para desviar dinheiro para a guerrilha urbana. Abria contas em pequenos bancos e emitia cheques na agência em que trabalhava para essas contas. Quando o cheque chegava na compensação, ele não debitava a agência, e tratava de trocar por cheque falso, que destruía, por uma ordem de pagamento, que ele mesmo recebia. Ou seja, através da ordem de pagamento que substituía o cheque falso, fornecia um crédito a ele mesmo, recebido em outro banco, fazendo com que a operação gerasse uma dívida para o Banco do Brasil.O “Bom Burguês” é uma referência para analisar o caso de outro personagem, o empresário José Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro, dono da OAS, que negocia delação premiada com investigadores da Procuradoria-Geral da República (PGR) responsáveis pela Operação Lava Jato. Um dos empresários mais próximos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele deve contar detalhes sobre o esquema de corrupção na Petrobras e sobre as obras feitas pela empreiteira em imóveis de Atibaia e do Guarujá para a família do petista. Ou seja, é um homem-bomba.A Polícia Federal apreendeu mensagens de celular trocadas por Léo Pinheiro com outros executivos e dezenas de políticos. Condenado a 16 anos e quatro meses de prisão por envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras, Pinheiro aguarda decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) a respeito. A Corte tem confirmado decisões tomadas pelo juiz Sérgio Moro no primeiro grau. Preso preventivamente na Lava-Jato em novembro de 2014, com outros empreiteiros do país, foi solto no ano passado, por ordem do Supremo Tribunal Federal, sem concretizar a colaboração, mas agora corre o risco de voltar para a cadeia após a decisão do TRF-4.De todos os executivos presos, Léo Pinheiro era considerado pelos políticos o mais “boa praça” no trato. Não é à toa que se relacionava pessoalmente com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de maneira diferenciada. Ao lado de Marcelo Odebrecht, Otávio Andrade e Ricardo Pessoa, era um dos comandantes do cartel de empreiteiras que desviava recursos da Petrobras por meio de contratos superfaturados, em troca de polpudas doações eleitorais para o PT e outros partidos da base do governo. Agora, o que tem a ver a história de Jorge Medeiro do Valle, que amargou prisão e exílio, com a de Léo Pinheiro, que fez carreira à sombra do regime militar? Pessoalmente, nada. A concepção das organizações políticas envolvidas nos dois casos, mesmo assim, é a mesma. O desvio de recursos do Banco do Brasil para a luta armada foi considerado tão legítimo quando as doações eleitorais alimentadas pela corrupção na Petrobras. Em ambos os casos, porém, trata-se do desvio de dinheiro público.Esse é o xis da questão da Operação Lava-Jato, que investiga o financiamento das campanhas eleitorais de 2006, quando Lula se reelegeu, e de 2010 e 2014, que levaram Dilma Rousseff ao Palácio do Planalto. Otávio Azevedo, ex-presidente da empreiteira Andrade Gutierrez, por exemplo, afirmou à Lava-Jato que negociou com o ex-ministro Antônio Palocci o pagamento de R$ 6 milhões para o caixa dois da campanha de Dilma em 2010. No acordo de delação, Azevedo disse que o repasse foi feito via contrato fictício com uma agência de comunicação que atendia ao PT. Mais cedo ou mais tarde, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Supremo Tribunal Federal (STF) terão que se pronunciar sobre a verdadeira natureza das doações.
    • Andries Viljoen
      O filme foi inspirado na história real de Jorge Medeiros Valle, bancário preso em 1969 por desviar dinheiro do Banco do Brasil. Ele doou parte dos recursos para o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8) e para o Partido Comunista do Brasil (PC do B). A trama é intercalada por histórias de empresários que ajudaram a estruturar o aparelho de repressão da ditadura militar.Uma relíquia brasileira, pena ser tão apagada já que o brasileiro raramente preserva a pouca cultura (boa) que tem. O filme não é uma super produção, agora que é muito bem feito e inteligente. Tirando a bruta crítica social que tem por baixo e por cima dos panos.Baseado em fatos reais, é uma trama que, mesmo diante da falta de recursos na época, consegue passar a mensagem proposta. Por isso, que merece ser visto pela sua visão imparcial do período da ditadura militar.Sobre o filme, ele nada mais é, que o retrato da esquerda. Mostra com detalhes que os revolucionários, nada mais eram que ladrões, assassinos e sequestradores, que cometiam (e ainda comentem) seus crimes, em nome do Brasil, em prol de um Brasil melhor. Pura hipocrisia.O personagem do Wilker é um típico socialista hipócrita. Rouba em nome da igualdade social no Brasil, e que também rouba para si, para viver uma vida de luxo e glamour.
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