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    Os Caça-Noivas
    Críticas AdoroCinema
    2,0
    Fraco
    Os Caça-Noivas

    Insana e dispensável

    por Lucas Salgado

    Os Caça-Noivas chega aos cinemas procurando repetir o sucesso de recentes comédias insanas sobre casamento, como Se Beber, Não Case!, Missão Madrinha de Casamento e Quatro Amigas e um Casamento. Uma novidade, em relação aos longas apontados, é o fato de dar a mesma importância aos personagens masculinos e femininos. Uma diferença, no entanto, está na qualidade. Ainda que tenha seus méritos e algumas boas cenas, a nova comédia falha em entregar um bom entretenimento.

    Mike (Adam DeVine) e Dave (Zac Efron) são dois irmãos que têm a fama de arruinar eventos da família. Festeiros, eles sempre passam do limite. Com a proximidade do casamento da irmã mais nova, eles recebem o ultimato dos pais de que devem levar acompanhantes para a festa. Com isso, acabam em busca de garotas para levar ao casamento. Colocam anúncio online, participam de programa de TV e tudo mais.

    Ao saberem da possibilidade de ganhar uma viagem com tudo pago pro Havaí - local do casamento -, as jovens Alice (Anna Kendrick) e Tatiana (Aubrey Plaza) forçam um encontro com os irmãos, e acabam convidadas para a festa.

    Antes de analisar elementos mais importantes do filme, há de se destacar a péssima tradução do título no Brasil. Os Caça-Noivas? Não faz o menor sentido, uma vez que eles não estão procurando pares para se casar. Eles querem apenas uma companhia para um casamento. Este, por sinal, é o espírito do título original: Mike And Dave Need Wedding Dates (Mike e Dave Precisam de Encontro para um Casamento). 

    O elenco apresenta uma boa química, com os casais Efron/Kendrick e DeVine/Plaza funcionando bem. No entanto, individualmente, os personagens de Kendrick e DeVine deixam muito a desejar. Alice tem seus momentos, mas conta com elementos narrativos sofríveis. O trauma passado pouco acrescenta à personagem e é repetido exaustivamente.

    Plaza acaba roubando a cena, mas é inegável que continua interpretando sua persona padrão. A garota louca, ameaçadora e sexy que pode acabar com a vida de uma pessoa e não se incomoda de dizer uma barbaridade ou outra. Efron é o mais normal da turma e por isso acaba sendo o mais plausível.

    Diretor do telefilme 7 Days in Hell, Jake Szymanski comanda a produção sem demonstrar muita criatividade ou originalidade, oferecendo uma série de cenas soltas e má desenvolvidas. Algumas, arrancam o riso na base da insistência. Em outras, é possível ouvir grilos. 

    Estamos diante de uma comédia insana, mas também descartável. Há algo de interessante nos personagens, mas há também a sensação permanente de que alguma coisa está faltando. E está mesmo. E esta coisa se chama roteiro.

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