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Adriano Côrtes Santos
723 seguidores
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4,0
Enviada em 16 de dezembro de 2024
Autenticidade, direção ousada e atuações brilhantes, com temática trans poderosa. "Tangerine'(2015), dirigido por Sean Baker, é um filme vibrante e audacioso, filmado com um iPhone. Ambientado na véspera de Natal, segue duas prostitutas do sexo transgênero, Sin-Dee e Alexandra, pelas ruas de Los Angeles, em uma jornada de vingança e redenção. A escolha do Natal como contexto traz um contraste interessante entre o espírito festivo e as dificuldades dos personagens. A direção crua e as performances autênticas são destaques, tornando o filme uma experiência intensa e relevante, com humor e drama entrelaçados de forma única.
Um filme experimental e diferente. Uma jovem transexual e prostituta, recém saída da cadeia por posse de drogas, segue uma jornada para reencontrar seu cafetão e namorado que a teria traído enquanto ela estava presa. Nisso, a história ainda se cruza com um taxista armênio que em pleno Natal, deixa sua mulher e filha para cumprir seu desejo de sair com transexuais não operadas. Bem, é um filme que certamente choca os mais puritanos. Se você quer aprender gírias e palavrões em inglês, esse filme é indicado. O que me incomodou no filme nem foi isso, até porque a história prende a atenção, mesmo com alguns toques de bizarrice. O que me incomodou foi o uso abundante dos estereótipos e o histrionismo dos personagens principais. O exagero de barracos e gritos chega a irritar em determinado momento. Além disso, o desfecho da história me pareceu meio forçada e anticlímax. Mas é um filme que me pareceu interessante por mostrar personagens tão à margem da sociedade de forma bem intensa, mesmo que com seus exageros narrativos.
Interessante. Câmera viva, em sintonia com a lógica dramática da protagonista; linguagem de gíria de rua precisa e sem caricaturas. Do mote de uma vingança de uma prostituta travesti contra seu suposto namorado, o filme se encaminha para questões sobre vínculo, solidão e desamparo.
Tangerine traz consigo realidades duras, tabus e situações longe da normalidade dos padrões sociais preestabelecidos, longe até mesmo do que seria considerado nos dias de hoje "normal" no mundo LGBT por abordar a complexa realidade triste sobre exploração sexual, sexo, drogas, preconceito, entre outras problemáticas dentro da temática LGBT, especificamente acerca dos travestis que tem como meio de vida a prostituição, mostrando uma realidade nua e crua. Todas essas dolorosas realidades são apresentadas no filme vestidas de bastante humor, eu diria humor gay escrachado e escancarado, do tipo, "babado", esse humor natural dos travestis se mostra extremamente necessário para encarar uma vida com tantos problemas como os retratados, e o longa explicita isso de uma forma bem humorada, no entanto, sua essência não deixa de ser cruel, e em algumas cenas o humor caí completamente dando lugar a uma atmosfera humanamente dura, sim, são seres humanos com cargas de sofrimento bastante elevadas, reflexões, reflexões, reflexões e menos julgamentos acerca das diferenças que extrapolam o "normal", incrível, único, realmente diferente.
O drama independente é focado em dois travestis em um dia de natal, revelando a suposta data mais cristã do mundo pela perspectiva dos marginalizados.
Esse drama constituído por prostitutas transexuais, cafetões, viciados e imigrantes tem o grande mérito de nos sensibilizar, e devolver a humanidade dessas pessoas aos nossos olhos, habituados, como estamos, a ignorá-los.
Tangerine é uma produção que supera a todas as expectativas, pois apesar do orçamento mínimo, uma técnica pouco usual de filmagem e que deve ser a mais barata já vista no cinema, além de atores que jamais haviam encenado, faz o que o um filme deve fazer de melhor, que é contar uma boa história.
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