A história é idealizada e romantizada. Transmite uma visão bastante ufanista do contexto da Guerra do Paraguai. Ignora, por exemplo, a invasão de tropas paraguaias à fronteira brasileira (sul-matogrossense), tratando da guerra como se fosse somente de defesa do território nacional. Por outro lado, deixa também de explorar temas críticos na história da guerra, como por exemplo a prática recorrente, entre os exércitos brasileiro e argentino, de depositar corpos nas águas dos rios, para disseminar doenças entre a população paraguaia. Também perde a oportunidade de retratar melhor os detalhes geopolíticos que culminaram no conflito.
A narrativa e as interpretações deixam a desejar. A preocupação em apresentar um casal altivo e patriótico, e um povo disposto a dar a vida pela causa da pátria, fazem com que os diálogos sejam pobres, o que prejudica as atuações.
A obra tem seu valor histórico por ter sido o primeiro longa produzido 100% pelo Paraguai. É importante compreender o contexto em que foi produzida: durante a ditadura de Alfredo Stroessner, em um momento no qual o governo estimulava toda forma de discurso nacionalista. Assim, o primeiro longa do país retratou a imagem (idealizada) de Solano López e Elisa Lynch, personagens célebres do nacionalismo paraguaio.