h t t p s : / / rezenhando . wordpress . com /2019/02/10/rezenha-critica-copenhagen-2014/
Romance a gente vê por aqui também e este com um adendo que traz à tona uma discussão que iniciou lá atrás com o filme O Profissional, sobre um inconsciente romance entre um adulto e uma menor de idade. É possível? Um filme pode dar-se esse direito sem corroer a fantasia da palavra Amor? Neste em questão a atriz é visivelmente “maior de idade” e mora num país onde a maioridade é atingida com 15 anos, mas…
A obra não trata-se apenas em um romance impossível, mas também o suspense em relação ao passado dos familiares de WIlliam. Existem diversos erros grotescos como por exemplo o próprio William, personagem espertalhão e que sempre tenta se dar bem não conseguir usar a porra de um celular para traduzir uma carta ou encontrar localizações pelo GPS, se ao menos tivessem dado uma desculpa que o personagem tivesse perdido o celular no começo do filme tudo bem, mas ele USA UM NOTEBOOK o filme todo e isso é chamar o telespectador de burro.
Fora isso, a fotografia e trilha sonora são sensacionais, salta os olhos tamanha sensibilidade dos quadros e músicas escolhidas a dedo por cena! A conclusão sobre esse discutível relacionamento ocorrer é bem desenvolvida com um final aberto que a princípio deixa claro o que acontecerá a seguir, que bom que o filme acabou ali, não entregar nada mastigado faz parte da graça do cinema e a maioria infelizmente não percebe isso.
A interação de William e Effy não soa forçada, mesmo porque aos poucos vamos desconfiando, mas desde o começo a própria Effy deixa claro que “não há nada demais”, uma vez que está alguns dias de completar 15 anos (idade de maioridade na Dinamarca, descobri depois).
Copenhagen é um filme gostoso de se assistir, você acompanha a evolução de um personagem decadente, por mais que em alguns momentos haja recaídas, paisagens fascinantes, trilha sonora cirúrgica e uma conclusão bacana em todos aspectos, principalmente não pelo fato do romance ter se concretizado ou não, e sim do motivo no qual William e seu pai eram tão “frios” como pessoas. FODA!
Iria assistir de novo? Talvez!
Minha nota é 3,5/5.