Entre 1976 e 1983, a Argentina passou por anos sombrios de uma ditadura militar repressiva, desumana e sanguinolenta. Famílias inteiras foram destroçadas pela garra dos truculentos e vis militares que clandestinamente tiraram a vida de 30 mil argentinos. Entre várias práticas inescrupulosas estava o sequestro de bebês e crianças, filhos de presos e “desaparecidos” políticos, que eram apropriados por seus algozes como despojos de uma guerra inexistente. Com a unificação e o empenho diário das Avós da Praça de Maio foi criado o “Banco dos 500'', com a ajuda de cientistas e amostras de sangue, 110 das 500 crianças sequestradas foram descobertas. Junto às suas famílias reais, devidamente identificados, os agora jovens nascidos nas maternidades dos campos da morte, em comunhão com as Avós da Praça de Maio confrontam, em 2011, perante o tribunal de Buenos Aires, os principais líderes desse famigerado genocídio e crimes contra a Humanidade, um caso emblemático de justiça. A história nunca se estagna, o documentário termina anunciando que a indignação e busca incansável por todos os 500, só chegará ao fim quando todos forem encontrados ou identificados. Um documentário difícil, verdadeiro, pesado e extremamente necessário. Dirigido por Alexandre Valenti, com coprodução de Luciana Boal Marinho e Alberto Graça, fruto de parceria estabelecida no âmbito do projeto Marcas da Memória da Comissão de Anistia.
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