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Cid V
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2,5
Enviada em 19 de outubro de 2019
Após as inundações da primavera, bancos de areia são formados em meio ao rio. Nessas ilhotas, eventuais agricultures como um velho homem (Salman) e sua neta (Buturishvili) aproveitam a situação para plantar milho. Porém se trata de um território onde também exércitos da Geórgia e da Rússia fazem treinamentos militares, não sendo um local exatamente pacífico.
Mais em: https://magiadoreal.blogspot.com/2019/10/filme-do-dia-ilha-do-milharal-2014.html
Um filme tenso que mostra os costumes de um povo que vive bem longe do nosso alcance, e até inimaginável para a nossa cultura. Não temos quase nenhum diálogo e isso deixo uma tensão constante no ar, por ser quase amador o filme se torne belo e interessante.
Excelente. Como sempre, os indicados ao Oscar de filme estrangeiro têm muito mais qualidade q a grande maioria dos indicados aos prêmios "principais". História contundente, onde os silêncios são extremamente eloquentes do início ao fim. Atmosfera intensa, fotografia diferenciada.
O cenário, uma pequena ilha no rio que separa a Georgia da Abkhasia oferece uma fotografia maravilhosa. A originalidade da história aliada ao semblante sofrido de seus personagens, nos encanta. O que surpreende, também, é que o filme tem seus primeiros 30 minutos sem diálogos. A imagem, entretanto, fala mais do que os protagonistas, um avô e sua neta convivendo com os sentimentos de medo, busca da sobrevivência e solidariedade, produzindo no espectador atento, profunda reflexão sobre a vida. Não deixem de assistir.
Lindo filme. Imperdivel para quem quer conhecer um "outro cinema", profundo e silencioso, com pouquíssimas falas, alias a primeira ocorre depois de de 30 minutos de filme...
Não sabemos de onde vêm e quem são os protagonistas de A Ilha dos Milharais. Eles nunca aparecem fora do cenário que dá título ao filme, a não ser quando estão chegando de barco ao lugar ou coletando madeira na outra margem do rio. Esse mistério ajuda a dar ao filme uma aura de delicadeza. O mais bonito no filme talvez nem passe pelos personagens, avô e neta num recorte do que é um período do ano em suas vidas, mas em como a passagem do tempo transforma a paisagem. A Ilha dos Milharais ainda traz, em seu pano de fundo, um contexto político complexo em que noções de posse de terra, nacionalidade e direitos civis inexistem da maneira que os conhecemos e o simples fato de você responder a uma pergunta de um soldado na língua “errada” pode lhe render uma imediata saraivada de balas. Contemplativo e silencioso (basta ver que a primeira de poucas palavras é proferida apenas aos 20 minutos de filme), ainda assim há um punhado de belas cenas que ajudam a transformar numa experiência de rara beleza mesmo para um “filme de festival".
Corn Island é a obra de arte do laconismo e bucolismo. Um filme com raras palavras, mas com muita poesia e simbologia representadas através da belíssima fotografia e expressividade esmagadora de seus atores.
Trabalho, natureza e homem se fundem em uma ilha de sentimentos, perdas, ganhos e esperança. A quase inexistência de trilha sonora, substituída pelos sons naturais do local, dá ao filme um caráter ainda mais preciso.
Impossível não se deixar contagiar pelo silêncio encantador da obra e pela pureza dos seus personagens. Já entra para a lista dos melhores filmes do ano.
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