Lançado em 1987, O Predador até então conquistou muita gente, tanto público como crítica, estrelado por Arnold Schwarzenegger o longa era um grande filme que daí então conseguiu uma sequência fraca, um filme derivado péssimo e alguns crossover bem meia boca com Alien.
E é garantia de dizer que o longa dos anos 80 é o único realmente bom e que vale a pena ser visto. Para começo, o filme era (e ainda é), visto por muitos como desnecessário e apenas mais uma forma de fazer dinheiro em Hollywood.
Pois bem, o ponto culminante para o longa ser ruim está em seu roteiro, e não, o tom cômico não é o maior problema, ele muitas vezes funciona, as vezes é exagerado demais, por exemplo, não vemos nenhum apelo sentimental após mortes de personagens, o filme apenas vai seguindo e seguindo. O tom humorístico até dá um alívio, já que temos cenas de ação bem fortes, mas pelo tom do filme, o longa parece ser um desenho animado para adultos, funciona como Uma Família da Pesada só que sem tanta graça. Ainda no roteiro, as crateras incomodam e muito, assim como a motivação dos personagens que são rasas demais, sejam essas motivações para se suicidarem e até mesmo motivações de antagonistas como a do próprio Predador.
Como dito, as cenas de ação são fortes, mas é impressionante como Shane Black faz com que os atores gastem munição a torto e a direito, os atores sentam o dedo no gatilho mas para que ? Para nada, apenas para ter mais barulho e adrenalina no filme, analisando friamente não há motivo para se gastar tanta bala.
As atuações não são o grande problema do filme, vemos Boyd, o ótimo antagonista de Logan, se sair razoavelmente bem, o filme também não colabora. A parte técnica também não colabora, os efeitos visuais são fracos a trilha quando não apoiada no longa de 87 é chata, e a fotografia é a única que se salva.
No fim O Predador é uma galhofa, e o que talvez possa ser algo bom é que no último ato o longa abraça essa idéia, o que mostra que Shane Black não tem vergonha do seu trabalho, e é até louvável a sua ideia, mas até a galhofa ser abraçada é um pouco tarde demais.